O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), deu o pontapé inicial em torno de sua pré-candidatura ao governo de Minas, na última segunda-feira (22), na capital mineira, ao reunir as bancadas de deputados estaduais do PT, PMDB, PRB e PCdoB. Durante almoço, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ele ouviu reivindicações dos aliados e acenou com a candidatura ao Palácio Tiradentes. A mobilização tem vistas também à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Na prática, a estratégia petista pode ser a de disseminar a ideia das disputas contra o PSDB, do senador Aécio Neves, aumentando a presença do próprio Pimentel e de outros ministros pelo interior do Estado, além de capitalizarem as ações do governo federal em Minas. Na avaliação dos aliados, o governo estadual, comandado pelo tucano Antonio Anastasia, bem como a Prefeitura de Belo Horizonte, estariam divulgando como sendo suas obras envolvendo grande aporte de recursos federais. Por isso, os deputados pediram que os ministros sejam porta-vozes dos investimentos, especialmente Pimentel.
Aliança
A reunião da última segunda-feira (22) foi uma sinalização dos partidos aliados à presidente Dilma Rousseff de que caminharão em conjunto na eleição pelo governo de Minas. O PMDB, que tem o senador Clésio Andrade como pré-candidato, confirmou a estratégia conjunta.
“Você pode ter duas candidaturas em um único projeto ou uma candidatura. Adotaremos o que for mais conveniente para a vitória”, afirmou o líder do PMDB na Assembleia, deputado Adalclever Lopes.
O parlamentar admitiu a possibilidade de o partido abrir mão de lançar nome próprio em prol de Pimentel. E disse que a recíproca era verdadeira.
Candidatos
A decisão será tomada apenas no ano que vem. As legendas esperam pelos movimentos do adversário. Podem optar por lançar dois candidatos para forçar um segundo turno ou unirem-se ainda na primeira etapa, se tiver chances de êxito.
PRB e PCdoB também estão afinados. “A tendência do PRB, se Pimentel for candidato, é seguir com o governo federal”, assinalou o deputado estadual Gilberto Abramo (PRB). Segundo ele, a decisão será sempre em prol da base da presidente da República, independentemente do nome.
Pimentel, que cumpriu agenda oficial no Estado na última segunda-feira (22), disse que não comentaria sobre a possível pré-candidatura, porém, admitiu que pode intensificar a presença em Minas. “Não forço minha presença em Minas Gerais até porque sou mineiro e não há a menor necessidade disso. Mas tenho estado em tudo aquilo que diz respeito ao meu ministério”, afirmou.