Ficha suja não pode concorrer à eleição, diz Lula

José Maria Tomazela
22/10/2012 às 23:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:27

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem, em Guarulhos, a Lei da Ficha Limpa e disse que o candidato ficha suja não pode concorrer à eleição. Ele se referia ao adversário do PT na cidade, o tucano Carlos Roberto, que teria sido acusado de descontar e não recolher o seguro social dos trabalhadores à Previdência. O candidato, que é empresário, já negou publicamente a acusação. "Se é verdade o que disseram do outro candidato, que ele desconta o INSS da Previdência e não paga, isso é crime de apropriação indébita e pelo que estou sabendo, ficha suja não poderia concorrer à eleição", disse Lula.

Segundo ele, independente do que a justiça decidir, "a justiça do povo vai ser feita dia 28". O ex-presidente voltou a enaltecer suas realizações no governo, dizendo ter feito em oito anos mais que os outros presidentes em cem, e saiu em defesa do PT. "Homem que é eleito com o número 13 não sai pela porta do fundo, nem de cabeça baixa. Antes de eu chegar à Presidência, o presidente entrava pela porta do fundo, mas entrei e saí pela frente." Dirigindo-se ao prefeito da cidade, o petista Sebastião Almeida, candidato à reeleição, Lula disse que o PT não se preocupa apenas em ganhar eleição, mas deve fazer um governo pensando nos pobres. "Vamos mostrar que não temos um partido só para ganhar eleição, mas um partido para mudar a história desse país."

Lula lembrou a infância pobre para dizer que aprendeu economia com a mãe e que a economia que usou no seu governo não é aquela aprendida na universidade. Ele se referiu à publicação do IBGE segundo a qual em seu governo os pobres tiveram aumento em oito anos de quase 90% e os ricos, de 10. "O rico não ficou mais pobre, mas o pobre ficou um pouco melhor de vida nesse país." O ex-presidente fez comício num palanque, na Vila São João, em que estavam também deputados, prefeitos e lideranças do partido, como o deputado e presidente estadual do PT, Edinho Silva, e o secretário nacional de Organização, Paulo Frateschi, além do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O senador se converteu em atração da noite ao cantar "Blowing in the Wind", de Bob Dylan.
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