Os fiscais federais agropecuários paralisaram temporariamente as atividades no Porto de Itajaí, no Estado de Santa Catarina, para manifestação por melhores condições de trabalho. Segundo o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), por meio de sua assessoria de imprensa, o protesto começaria às 14h no local.
A Anffa Sindical informou que somente 13 funcionários são responsáveis pela fiscalização de cerca de 400 contêineres por dia no porto. Dos produtos, a maioria é de carne congelada de aves e suínos, mas os fiscais também são responsáveis pela fumigação de madeiras, em que existe o risco da praga chamada besouro asiático nas embalagens de outros itens. Com a greve - somente 30% dos fiscais, o efetivo mínimo, estão trabalhando - mais de 700 fiscalizações estão paradas no Porto de Itajaí.
No Porto de Santos (SP), o efetivo mínimo também está sendo cumprido, de acordo com a Anffa. Sem greve, 34 fiscais realizavam 1,2 mil fiscalizações diárias. Somente em 2011, foram 279 mil fiscalizações em turno de 24 horas. A Anffa ainda informou, também por meio de sua assessoria de imprensa, que até o momento não houve nenhuma negociação com o governo nem via Ministério do Planejamento nem por intermédio Ministério da Agricultura.
Representante de uma grande indústria do setor de proteínas disse que na manhã desta quinta-feira uma reunião entre os executivos das empresas e algumas associações com o presidente da Anffa Sindical, Wilson Roberto de Sá, no porto catarinense. Na ocasião, a agroindústria pediu para que a categoria continue trabalhando com o efetivo mínimo, tentando chegar a 70% nos dias mais críticos. De acordo com o representante, o dirigente se comprometeu a levar as reivindicações da agroindústria à comissão de greve dos fiscais em reunião às 16h.
"Até sábado conseguiremos manter a produção no mesmo ritmo. A partir daí vão ter que tomar medidas mais extremas, como paralisação de abates e processamento", disse a fonte.
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