Fuad defende decisão do passe livre nas eleições: 'liberdade para votar e evitar abstenção'
(Valéria Marques/Hoje em Dia)
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), defendeu, nesta sexta-feira (28), a decisão de liberar o transporte público na capital durante o domingo (30) de eleições. Para Fuad, a medida é uma questão de liberdade aos eleitores, economia e uma forma de evitar abtenções. No primeiro turno, ao menos 400 mil pessoas deixaram de ir votar em BH.
Em coletiva realizada na sede da PBH, no centro, Fuad explicou como a gratuidade vai funcionar. “Qualquer pessoa que quiser entrar no ônibus pode utilizar. Não precisa de documento, não precisa falar nada", disse.
"Isso é pra votar, mas se a pessoa quiser passear no parque ninguém vai impedir. Aqui é liberdade para que as pessoas possam se deslocar para votar e evitar todo o problema de abstenção que tivemos”, pontuou.
“Uma pessoa que mora em BH e precisa pegar ônibus pra votar vai gastar, no mínimo, R$ 9. Se for mãe ou pai que não tem como deixar a criança, R$ 18. Marido, mulher e a criança, R$ 27. Isso faz muita diferença para essas pessoas”, completou.
O decreto que oficializou a decisão foi publicado na edição de terça (25) do Diário Oficial do Município (DOM) e prevê a adoção do quadro de horários de dias úteis. A possibilidade de transporte gratuito nas cidades brasileiras foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Críticas da oposição
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, criticou, no último dia 19, a gratuidade das passagens de ônibus durante o segundo turno das eleições, em um evento com o candidato a vice-presidência, Braga Netto (PL).
"Barroso autorizou passagem gratuita de ônibus no dia da eleição. Eles estão jogando pesado. Estão apelativos, estão passando por cima de tudo. Mas nós vamos sair muito mais fortes. Cada um aqui tem uma missão", afirmou Fernando.