Gabriel Azevedo afirma que foi intimidado dentro de gabinete na Câmara e acusa vereador afastado

José Vítor Camilo
02/04/2019 às 18:57.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:04
 (Reprodução Facebook)

(Reprodução Facebook)

A Polícia Civil (PC) investigará a denúncia de intimidação que teria sido sofrida pelo vereador Gabriel Azevedo (PHS) nesta terça-feira (2) dentro do próprio gabinete, na Câmara de Belo Horizonte. O parlamentar registrou um Boletim de Ocorrência nesta tarde e publicou em redes sociais um vídeo após um homem entrar na sala dele questionando os posicionamentos do parlamentar em investigações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo Azevedo, o homem trabalharia para o vereador afastado Wellington Magalhães (PSDC), investigado por comandar um suposto esquema de fraude na Casa legislativa. O tal homem já teria sido preso no início do ano por porte ilegal de armas. 

"Nas oitivas do processo de cassação do vereador Wellington Magalhães, esse homem ficou gravando as pessoas que falavam, sempre com um ar de intimidação. Esse foi um dos motivos alegados inclusive pelo poder judiciário para manter o vereador afastado", disse Azevedo. 

Nesta terça, o tal homem teria aberto a porta do gabinete e chamado Azevedo para "resolver uns assuntos" fora do prédio.  "Falei que ele poderia dizer o que queria ali mesmo. Meu gabinete não possui divisórias e a minha equipe estava toda presente. Ele então começou a me questionar sobre os meus posicionamentos nas investigações do Ministério Público e dizer que eu não poderia agir ou falar como vinha fazendo. Foi quando eu disse que isso era assunto a ser tratado oficialmente e que, se ele quisesse, deveria se comunicar de modo registrado. Convidei-o a se retirar do gabinete e ele não saiu. Foi então que, para resguardo, usei meu celular pra gravá-lo", afirmou o vereador. Após muita insistência, o suspeito teria deixado o gabinete. 

Antes de registrar a ocorrência policial, o parlamentar comunicou a presidência da Casa sobre o episódio. Procurada pela reportagem, a Câmara Municipal de Belo Horizonte afirmou que a presidente, Nelly Aquino, acatou o pedido do vereador e proibiu provisoriamente a entrada do suspeito de intimidação na sede do Legislativo municipal. 

A reportagem entrou em contato com o advogado de Wellington Magalhães, Leonardo Salles, mas ainda não recebeu um posicionamento.

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