Troca de acusações

Gabriel Azevedo diz que deputada Nely Aquino o denunciou por algo que 'ela mesma fez'

Fala do parlamentar faz referência à denúncia de abuso de autoridade e atuação irregular na CPI da Lagoa da Pampulha

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
08/11/2023 às 13:05.
Atualizado em 08/11/2023 às 14:39
Presidente da CMBH deu entrevista coletiva após prestar depoimento na comissão processante que pode cassar o mandato do parlamentar (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Presidente da CMBH deu entrevista coletiva após prestar depoimento na comissão processante que pode cassar o mandato do parlamentar (Fernando Michel/Hoje em Dia)

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, afirmou em depoimento, nesta quarta-feira (8), que a deputada-federal Nely Aquino é a favor da cassação dele por algo que “ela mesmo fez”.

O vereador - que a sucedeu no comando do legislativo da capital mineira e de quem era grande aliado - faz referência à denúncia de abuso de autoridade e atuação irregular na CPI da Lagoa da Pampulha, onde teria nomeado dois integrantes de forma não regimental. A declaração foi dada na oitiva da comissão processante que julga a cassação do mandato do presidente da Casa.

Entenda o caso

Quando os vereadores Irlan Melo (Patriota) e Sérgio Fernando de Pinho Tavares (PL) desistiram dos cargos que ocupavam na CPI que investiga contratos firmados para a limpeza da Lagoa da Pampulha, Gabriel convidou Henrique Braga (PSDB) e Cleiton Xavier (PMN) para ocupar as funções. Como substitutos de Braga e Xavier, foram selecionados Loíde Gonçalves (Podemos) e Ciro Pereira (PTB).

Na denúncia, Nely afirma que a designação dos substitutos dos vereadores que desistiram de participar da comissão caberia ao presidente do colegiado, Professor Juliano Lopes (Agir), e não ao chefe do Legislativo.

Entretanto, Gabriel afirma que a própria Nely já havia feito o mesmo em outra ocasião, na mesma comissão, quando o vereador Claudio do Mundo Novo (PSD) renunciou e a ex-vereadora designou, para o seu lugar, o vereador Irlan Melo. O suplente de Cláudio na comissão era Ramon Bibiano.

Azevedo diz também que não houve irregularidades no processo de renúncia dos vereadores da CPI da Pampulha. Na segunda-feira (6), um parecer assinado por Lucas Leal Esteves, diretor legislativo da CMBH, corroborou sua tese ao declarar que todos os passos foram devidamente tomados no caso da CPI da Pampulha. 

O documento aponta que o procedimento de praxe é encaminhar o pedido de renúncia à Diretoria do Legislativo, que faz a publicação no portal da Câmara. Portanto, a renúncia não deve ser feita ao presidente da comissão, e a reposição dos membros se dá pelo presidente da Câmara Municipal. 

A deputada Nely Aquino foi procurada e esta matéria será atualizada após o posicionamento.

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