Greve ameaça registro de candidatos às eleições em SP

Beatriz Bulla
27/06/2012 às 18:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:08

Uma greve dos servidores do Judiciário pode atrapalhar as inscrições dos candidatos às eleições deste ano. Os funcionários avisaram que, em São Paulo, a paralisação começa nesta quinta e segue por tempo indeterminado. A principal ameaça dos trabalhadores é de um apagão na Justiça Eleitoral entre os dias 1º e 5 de julho, prazo em que devem ser feitas as inscrições dos candidatos às eleições no Tribunal Regional Eleitoral. O anúncio foi feito nesta quarta pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud).

Somente uma adesão maciça à greve, contudo, pode atrapalhar de fato o trâmite eleitoral, de acordo com a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Se a paralisação seguir os padrões de greves anteriores, boa parte dos funcionários - por exemplo os comissionados e os juízes - pode continuar trabalhando normalmente.

A paralisação dos servidores do Judiciário Federal tem caráter nacional e, apesar de abarcar as três esferas do Judiciário - Eleitoral, Federal e Trabalhista -, terá o foco das manifestações voltado à Justiça Eleitoral. A maioria dos Estados pretende realizar paralisações entre 4 e 5 de julho, os últimos dois dias do prazo para registro dos candidatos na Justiça Eleitoral.

Nesta semana, serão feitas paralisações de 48 horas na Paraíba, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. No Mato Grosso, os servidores já estão em greve também por tempo indeterminado.

Os servidores reivindicam avanço nas negociações de reajuste salarial. De acordo com o Sintrajud, a categoria não tem reajuste desde 2006. Os trabalhadores pedem a aprovação imediata do projeto que altera dispositivos do Plano de Carreira dos Servidores do Poder Judiciário da União, entre outras disposições. Atualmente, a proposta (PL 6613/09) está na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

De acordo com o Sintrajud, os sindicatos alertaram o presidente do STF, Ayres Britto e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, sobre a situação da categoria.
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