Jacinto Lamas terá que pagar multa de R$ 270 mil no mensalão

Mariana Haubert - Folhapress
15/01/2014 às 19:41.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:22
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

BRASÍLIA - A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinou que o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas pague a multa que recebeu na condenação do processo do mensalão. Assim que for notificado, ele terá dez dias para quitar a dívida de R$ 270 mil.    Na época do julgamento, ele foi condenado a pagar R$ 260 mil, mas o valor foi reajustado.    O advogado de Lamas, Délio Lins e Silva, afirmou que ele não tem recursos e bens compatíveis para pagar o valor total da multa. "Eu ainda vou conversar com ele esta semana para ver o que podemos fazer, mas ele não tem como pagar a multa", disse.    Caso Lamas não quite a dívida no prazo especificado, o débito será incluído no cadastro da Dívida Ativa da União, de acordo com a decisão da VEP, e a União passa a cobrar a dívida judicialmente.    Lamas é o sexto condenado do mensalão a ter que pagar a multa determinada no julgamento. Já foram intimados os ex-deputados José Genoino (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério, além de seus dois ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.    As maiores multas são a de Marcos Valério (R$ 3 milhões) e de seus dois sócios Cristiano Paz e Ramon Rollerbach, que devem pagar cerca de R$ 2,5 milhões e R$ 2,8 milhões respectivamente. Já Genoino deve aos cofres públicos R$ 468 mil e Valdemar Costa Neto, R$ 1 milhão.    Trabalho externo    Na segunda-feira (13), a VEP autorizou que Lamas trabalhe como assistente administrativo em uma empresa de engenharia, que atua ainda no setor de compra e venda de imóveis, em Brasília.   Lamas cumpre cinco anos de prisão em regime semiaberto. Ele ainda aguarda transferência do Complexo Penitenciário da Papuda, onde está desde novembro, para o Centro de Progressão Penitenciária, destinado aos presos do regime semiaberto que têm trabalho externo.    De acordo com a defesa de Lamas, a empresa Mísula Engenharia pagará a Lamas o salário de R$ 1,2 mil para desempenhar tarefas como receber correspondências, atender telefonemas e esclarecer dúvidas sobre a parte financeira, coordenar compras e manter organizado arquivos e cadastros da empresa. Além do salário, Lamas receberá vale transporte e R$ 11 por dia de vale alimentação.

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