A Justiça Federal condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) por improbidade administrativa e ainda cassou seus direitos políticos por cinco anos, informou o Ministério Público Federal (MPF) de Rondônia. Por intermédio de sua assessoria, Cassol disse que vai recorrer.
De acordo com o MPF, em 2006 foi desvendado um caso de compra de votos que beneficiaria Cassol, além do ex-senador Expedito Júnior (PR), cassado anteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de policiais.
A investigação gerou várias ações eleitorais, mas as testemunhas que prestaram depoimento acabaram sendo vítimas de constrangimentos diversos e ameaças, sendo cinco delas até incluídas em programa de proteção à testemunha, informou o MPF.
Conforme o Ministério Público, o assédio ilegal foi ordenado por Ivo Cassol, que à época governava o Estado de Rondônia. Em 2008, a Justiça Federal chegou a sentenciar o então governador à prisão, mas ele fugiu do Estado enquanto aguardava o julgamento de um habeas corpus. Para as ameaças às testemunhas até um inquérito policial fajuto foi aberto, denunciou o MPF.
Cassol e os policiais foram então processados criminalmente pela Procuradoria-Geral da República. O então procurador-geral Antônio Fernando Souza afirmou na denúncia que "a investigação estadual (a que teria ameaçado as testemunhas) foi mesmo instaurada com o claro intuito de criar fatos novos relacionados aos delitos eleitorais, mediante a manipulação de provas e intimidação de testemunhas, a fim de beneficiar os candidatos envolvidos na compra de votos".
O então procurador afirmou ainda que "toda a farsa foi executada a mando do governador Ivo Cassol, que se utilizou do aparato de segurança do Estado de Rondônia para tentar desqualificar a investigação dos crimes eleitorais imputados a ele e a seu grupo político."
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