(FERNANDO MICHEL)
O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), atribuiu sua má relação com a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte (CMBH) a uma trama mal sucedida de “alguns vereadores”. E insinuou que houve intervenção do governo estadual para prejudicar seu governo.
“Foi arquitetado dentro do Palácio Tiradentes [sede do governo estadual] para me prejudicar e deu errado”, afirmou. A fala de Alexandre Kalil, durante entrevista concedida ao Hoje em Dia, nesta quarta-feira (20), faz menção aos conflitos protagonizados por ele e pela presidente da Câmara de Belo Horizonte, vereadora Nely Aquino (Podemos), com quem o ex-prefeito chegou a trocar ofensas, pela imprensa.
Na época, o candidato do PSD ainda era prefeito da capital e enfrentou dificuldades para aprovar projetos de interesse, como o subsídio ao transporte público da capital. O projeto só foi aprovado pelos vereadores depois da desincompatibilização de Kalil para disputar as eleições de outubro.
A afirmação do ex-prefeito de BH, foi dada em entrevista ao jornalista Carlos Lindenberg, exibida pelo Jornal Hoje em Dia e pela TV Promove, nesta quarta-feira (20). E faz parte de uma série especial com os candidatos ao governo de Minas.
O jornalista questionou se a relação de Kalil com a Assembleia seria diferente da estabelecida com os parlamentares da Câmara. E lembrou as dificuldades enfrentadas pelo atual governador, Romeu Zema (Novo), para aprovar projetos no legislativo mineiro.
Para Alexandre Kalil, a relação com os deputados será melhor. “Teremos diálogo”, afirmou. Ele ainda aproveitou para questionar a capacidade de diálogo do atual governador e disse que “houve um clima de beligerância” entre o governador e a Assembleia, que é desnecessário.
“Foi o primeiro governador da história de Minas que não tem maioria na Assembleia, alguma razão tem de ter”, afirmou.
Questionada sobre as declarações, a vereadora Nely Aquino afirmou que desconhece qualquer tipo de articulação e que o problema não era na relação com a prefeitura, mas com Alexandre Kalil.
"Eu presido o Palácio Francisco Bicalho [não o palácio Tiradentes], que mantém, nesse momento, uma excelente relação com a Prefeitura de Belo Horizonte. Vale perguntar ao atual prefeito se existem problemas na relação", afirmou.
A reportagem do Hoje em Dia também entrou em contato com o governo estadual, para repercutir as declarações do pré-candidato do PSD. O governo afirmou que não comenta temas de campanha eleitoral.
Veja a entrevista na íntegra:
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