Lacerda minimiza denúncias e defende Campos

Patrícia Scofield* e Tatiana Moraes - Hoje em Dia
08/09/2014 às 07:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:06
 (Uarlen Valério)

(Uarlen Valério)

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) defendeu, nesse domingo (7), durante a parada de 7 de Setembro, o ex-presidente nacional de seu partido, Eduardo Campos, do envolvimento com o escândalo da Petrobras, denunciado pela Veja desta semana. A revista aponta Campos, morto em acidente de avião em 13 de agosto, durante campanha ao Palácio do Planalto, como um dos beneficiados pelo esquema de pagamento de propinas na estatal.    Segundo o prefeito de BH, é preciso ter “cuidado” com a divulgação de nomes, principalmente durante este período eleitoral. “Falar de um ex-candidato à eleição, falecido, é algo perigoso, uma vez que ele não pode falar a respeito. Corrupção é algo perigoso. Agora ficará a cargo da Justiça investigar e analisar o que deve ser feito”, afirmou, durante o desfile militar na capital.    “Todo mundo sabia que havia corrupção na Petrobras ou que pelo menos algumas transações estavam mal explicadas como a compra da refinaria de Pasadena. Na verdade, estamos cansados de corrupção. Graças ao trabalho da Polícia Federal, da Justiça e da imprensa conseguimos combater esse mal e conseguimos mais transparência na apuração dos fatos”, acrescentou.    Embora o teor das revelações do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, não tenha sido divulgado, a publicação sustenta que ele teria citado diversos parlamentares da base de governo, entre eles, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).    Além desses, a lista dos supostos envolvidos inclui também os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) e do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), os deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), bem como o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA) e o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA).      Salários atrasados   Lacerda negou problemas de caixa na Prefeitura de BH, dois dias depois de o Executivo ter enviado nota alegando “necessidade de adequações no seu fluxo de caixa”, o que levou ao atraso do pagamento de cerca de 30 mil dos 50 mil servidores municipais. “Não há problema de caixa. Está sendo respeitada a legislação para pagamentos de servidores da CLT, que é quem tem o direito de receber no quinto dia útil. Porém, essa regra não vale para os estatutários. O problema é que nesse período a PBH tem que pagar seus impostos e por isso a mudança”, disse. “Não houve atraso nos pagamentos apenas uma adequação de datas para pagamentos”, acrescentou.   (*)Com Gabriela Sales 

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