(André Brant/Hoje em Dia)
O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), quer incentivar o uso residencial do Centro da capital, como tentativa de revitalizar a região. Segundo o socialista, a operação urbana consorciada “Nova BH”, em discussão entre as lideranças políticas do município, recentemente apresentada à população, prevê um incentivo para construtoras erguerem prédios residenciais no local. “Vai ser mais barato para o construtor fazer apartamentos do que construir escritório”. As declarações foram dadas ao “Página 2 Entrevista”, espaço de debates do Hoje em Dia. Outros trechos você confere na edição de segunda-feira (16). O prefeito conta que a ideia de recuperar o hipercentro teve o pontapé na gestão do ex-prefeito Fernando Pimentel (PT), com a reforma da rua Caetés e entorno da Avenida Amazonas, por exemplo. Para Lacerda, a ideia de revitalizar a região passa pela criação de laços entre os novos e antigos moradores e o bairro, em tentativa de diminuir o número de crimes e depredações e de moradores de rua. “Não adianta você construir uma praça, melhorar um passeio – e muito disso foi feito no Centro pelo Pimentel –, se as pessoas se deitam no chão, usam drogas. Não adianta revitalizar só fisicamente. Esse é o problema”, destacou. “A preocupação com o Centro da cidade é uma questão no mundo todo e passa por você ter pessoas morando ali. Porque quando você tem só comércio, à noite esvazia e se transforma em uma área de risco”. O prefeito Marcio Lacerda lembrou que está em discussão no poder público municipal alternativas para “revitalizar” áreas sob viadutos. Segundo ele, é preciso dar soluções “sustentáveis” para esses locais, por meio de concursos de arquitetos ou licitações específicas. “A questão é o seguinte: você tem as linhas de ônibus metropolitanas, todas têm pontos no Centro. Isso, digamos, vai mudar um pouco com o BRT. Boa parte dessa demanda dos ônibus vai cair no BRT Norte e a atual rodoviária vai se transformar em um ‘terminal metropolitano não-BRT’ e a rodoviária vai lá para o bairro São Gabriel. Então, muito desse movimento tem a ver com a rodoviária, o pessoal que vem do interior para fazer compras”, observou.