O candidato do PT à prefeitura de Osasco, Jorge Lapas, disse nesta terça à tarde que o julgamento do mensalão e a condenação do deputado federal João Paulo Cunha pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não "colaram" em sua candidatura. Lapas está reunido nesta tarde, na sede do Diretório Nacional do PT, em São Paulo, com os candidatos que foram vitoriosos no pleito de domingo (07) e com os que foram para o segundo turno.
A confirmação da vitória de Jorge Lapas na cidade da Grande São Paulo ainda depende do julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do recurso do candidato do PSDB, Celso Giglio, que teve candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "Se eu tiver de ir para um segundo turno, eu estarei melhor preparado", disse o candidato, que foi alçado à cabeça de chapa devido à desistência de João Paulo.
Dizendo-se preparado para qualquer decisão do TSE, o petista comemorou o fato da população ter colocado sua candidatura em primeiro lugar neste primeiro turno, uma vez que ele não tem experiência política e é um técnico com experiência em administração pública. "Tenho experiência administrativa e as pessoas entenderam isso", comentou, numa comparação com a então candidata à presidência Dilma Rousseff e ao candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que nunca haviam disputado uma eleição para cargo executivo.
Segundo Lapas, seu adversário tucano "não tem plano de governo", o que tornaria sua candidatura insustentável em um eventual segundo turno. Além disso, o petista avalia que Giglio terá de explicar à população o porquê de sua impugnação nesse primeiro turno."O fato dele ser ficha suja tem impacto. Eu não tenho que me explicar para a população, e ele tem", disse. O candidato reconheceu que o julgamento do mensalão em período eleitoral tem "algum impacto", mas que os adversários não conseguiram atrelar a sua imagem à de João Paulo Cunha. De acordo com ele, o deputado está recolhido e sequer ligou para ele para cumprimentá-lo sobre a votação do último domingo. "Ele não está legal, não, mas estamos respeitando o momento dele", contou.
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