(Gisele Pimenta/EstadãoConteúdo)
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi denunciado novamente pela força-tarefa da Operação 'Lava Jato', desta vez por suposto favorecimento à empresa italiana Saipem, de serviços de petróleo, na contratação da obra de instalação do Gasoduto Submarino de Interligação dos Campos de Lula e Cernambi.
A nova denúncia, a terceira contra Duque, é um desdobramento da Erga Omnes, 14.ª fase da 'Lava Jato', deflagrada em 19 de junho, que prendeu inclusive os maiores empreiteiros do País, Marcelo Odebrecht e Otávio de Azevedo Marques.
Na ocasião, foi preso também João Bernardi, executivo ligado à Saipem. Duque é apontado como elo do PT no esquema de pagamento de propinas na Petrobras. Ele teria sido indicado ao cargo pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), que nega.
O ex-diretor da Petrobras foi preso após a Polícia Federal flagrar a tentativa dele de ocultar patrimônio não declarado na Suíça por meio da transferência de 20 milhões de euros para uma conta no Principado de Mônaco. Duque já é réu em duas ações penais da 'Lava Jato'.
A nova denúncia será submetida ao juiz federal Sérgio Moro, que vai decidir se abre mais um processo criminal contra o ex-diretor de Serviços da estatal.
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