Líder do ranking de presidentes de legislativos de capitais que apresentaram maior crescimento no valor de suas declarações de bens, o vereador Mauro Zacher, de Porto Alegre, disse que o aumento observado é resultado da aquisição de um apartamento financiado.
Ele alegou que não houve crescimento de patrimônio, pois ainda está quitando o imóvel. "Comprei um apartamento com minha esposa e vou pagá-lo pelos próximos 18 anos. Apenas me endividei", disse.
Já segundo a assessoria do vereador Edivan Martins, da Câmara de Natal, houve redução no número de bens declarados em comparação a 2008 - de sete para cinco. O vereador vendeu dois imóveis para comprar um apartamento financiado. "Ele herdou uma dívida", alegou a assessoria.
Jurandir Liberal, presidente da Câmara de Recife, explicou que sua evolução patrimonial ocorreu pela venda de um imóvel e por acumular uma aposentadoria de engenheiro da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) com o salário e verba de representação de vereador.
"Guardo todo o dinheiro que recebo da aposentadoria e vivo com o dinheiro do salário de vereador. Tudo que acumulei em 35 anos está declarado e a soma não chega a R$ 800 mil", disse Liberal.
A assessoria de Paulo Siufi, chefe do legislativo de Campo Grande, deu três explicações para a declaração de bens do vereador ter passado de R$ 620,7 mil para R$ 1,8 milhão em quatro anos.
Siufi, que é médico pediatra, teria aumentado de 5 mil para 12 mil os pacientes que atende. Além disso, o vereador recebeu uma herança após a morte do pai em 2009. "Também há uma bolha imobiliária que fez valorizar os bens no nome do vereador", explicou a assessoria.
O presidente da Câmara Municipal do Rio, Jorge Felippe, não quis falar sobre o aumento dos valores de sua declaração de bens. Procurados, os vereadores Isaías Pereirinha, de São Luís, e Jaime Tonello (PSD), de Florianópolis, não se manifestaram até o fechamento desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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