Lugo se prepara para encontro com simpatizantes no Brasil e na Argentina

Renata Giraldi - Agência Brasil
05/09/2012 às 10:53.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:02
 (JORGE ROMERO/AFP )

(JORGE ROMERO/AFP )

BRASÍLIA - Destituído do poder há quase três meses, o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo se prepara para visitar o Brasil e a Argentina nos próximos dias. Segundo ele, tem recebido pedido de paraguaios que vivem nos dois países para um encontro. Porém, Lugo não deu detalhes sobre suas viagens. Na terça-feira (4), ele se reuniu com o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica.

As presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner (Argentina), além de Mujica, disseram que Lugo não teve tempo suficiente para se defender durante o processo de impeachment, que durou menos de 24 horas. Os governos do Brasil, da Argentina e do Uruguai decidiram ainda pela suspensão temporária do Paraguai do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Até 21 de abril de 2013, quando há eleições presidenciais no Paraguai, o país ficará suspenso do Mercosul e da Unasul. A suspensão é uma punição porque os líderes consideraram também que houve o rompimento da ordem democrática. Porém, as autoridades paraguaias negam irregularidades.

Lugo está em Montevidéu, onde se reuniu com Mujica, e só retorna a Assunção, no final da tarde desta quarta-feira (5). "Eu tive uma reunião informal com o presidente Mujica que falou sobre o que ocorreu no Paraguai [o processo de impeachment que levou à saída de Lugo do poder]. Foi um jantar muito agradável", disse o ex-presidente.

Além de Lugo e Mujica, participaram do jantar ministros e parlamentares da Frente Ampla (que apoia o governo uruguaio). "[Muitos] paraguaios encontraram refúgio durante a ditadura aqui, no Uruguai", ressaltou Lugo. Segundo ele, recebeu apoio e mensagens de solidariedade. “[Minha visita ao Uruguai é] para divulgar o que está acontecendo no Paraguai”, disse.

Segundo Lugo, o atual presidente do Paraguai, Federico Franco, promove "perseguição política e ideológica" contra os que são simpatizantes e participaram do governo anterior. De acordo com ele, mais de 2 mil funcionários, ligados ao governo anterior, foram demitidos.

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