O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff fizeram o possível para evitar a imprensa durante o encontro de quatro horas que mantiveram nesta quarta, em São Paulo, para discutir a o segundo turno das eleições. O tema do encontro não foi divulgado nem pelo setor de comunicação da Presidência, nem pela assessoria de imprensa de Lula, mas o presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi visto deixando o local - o gabinete da Presidência da República na capital. O PT de Dilma e Lula negocia apoios a Fernando Haddad no segundo turno em São Paulo contra o tucano José Serra, mas a questão paulista passa por cenários eleitorais em outros Estados.
A presidente viajou em dia útil para uma agenda privada, segundo sua assessoria. Foi confirmada, na reunião com Lula, a participação dos ministros Aloizio Mercadante, da Educação; Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, além do assessor especial Marco Aurélio Garcia. Dilma entrou no prédio às 14 horas e só deixou o local alguns minutos antes das 16 horas, sem falar com a imprensa. O carro que levava a presidente ganhou escolta de seis batedores da Polícia Militar estadual e de uma viatura da Rota, a força especial da PM paulista.
Lula saiu do prédio em seguida e também não atendeu os jornalistas. Ele havia chegado para o encontro uma hora antes da presidente. O almoço foi servido no gabinete. Lula havia mantido reuniões com a equipe de Haddad antes do encontro com Dilma, no Instituto Lula. O presidente retornou ao seu posto de trabalho depois da reunião. Além da agenda eleitoral, o ex-presidente prepara sua viagem à Argentina, no próximo dia 17. Em Buenos Aires, ele almoça com a presidente Cristina Kirchner na Casa Rosada e, à noite, dá palestra sobre o papel da iniciativa privada no desenvolvimento econômico, em Mar del Plata.
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