Em declarações dadas no final do último debate da campanha eleitoral de 2022, realizado na noite desta sexta-feira (28), na TV Globo, os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) tiveram impressões diferentes.
Enquanto o petista lamentou a ausência de debates aprofundados sobre programas de governo, o atual presidente disse que ficou satisfeito pela oportunidade de expor mentiras que estariam sendo ditas em relação aos seus projetos.
“Eu espero que a população nos perdoe. Eu não vou disputar outras eleições, mas espero que a gente crie regras para que os candidatos venham aqui discutir temas estabelecidos e não da forma como foi feito”, afirmou Lula.
Bolsonaro agradeceu a TV Globo pela imparcialidade e por disponibilizar o espaço e audiência. “Queremos fazer lembrar aos jovens o que foram os governos Lula e Dilma. A desgraça que foram as gestões petistas para o nosso país”, afirmou.
O debate foi marcado por trocas de acusações entre Lula e Bolsonaro. O presidente, candidato à reeleição, iniciou a discussão questionando o candidato petista sobre uma acusação de que o atual governo pretendia reduzir direitos trabalhistas.
Lula, em sua resposta questionou os resultados econômicos de Bolsonaro. A partir daí, a cada pergunta e resposta, os dois candidatos acusavam o outro de estar mentindo.
O momento de maior polêmica no debate foi quando o ex-presidente Lula acusou o presidente Jair Bolsonaro de ter defendido, quando era deputado, a distribuição de pílulas abortivas, conhecidas como pílulas do dia seguinte. Bolsonaro negou, questionou Lula por ter retomado um discurso muito antigo, 1992, e acabou por retomar um tema trazido pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello, em debate com Lula em 1989, nas primeiras eleições presidenciais após a ditadura militar.
Bolsonaro, em entrevista coletiva, afirmou que irá aceitar o resultado das urnas, independentemente de quem se consagre vencedor.
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