Lula vem a BH dia 7 de fevereiro para turbinar Pimentel

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT)), deixará a pasta até a primeira quinzena de fevereiro para consolidar a candidatura ao governo de Minas Gerais e negociar a formação de um palanque com a base aliada para reforçar a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Um dos nomes ventilados para assumir o Ministério é o de Josué Gomes (PMDB), filho do ex-vice-presidente José Alencar.

A saída de Pimentel é confirmada por aliados. Ele sairia antes do prazo legal, em abril, para dar musculatura à campanha estadual e presidencial do PT. O ministro receberá o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula viria a Belo Horizonte ainda em janeiro, porém, a viagem foi remarcada em virtude de um curto período de férias que o ex-presidente tirou. A nova data da visita foi marcada para o dia 7 de fevereiro, uma sexta-feira. Existe a possibilidade de Pimentel deixar o ministério na própria sexta ou na semana seguinte.

A intenção de adiantar a saída do posto já foi comunicada à presidente Dilma Rousseff. Além de Pimentel, Alexandre Padilha (Saúde) e outros ministros candidatos devem sair em fevereiro. Mas alguns permanecerão no cargo.

A presidente, nos bastidores, até prefere que os ministros saiam antes do prazo. Ela avalia que os novos ocupantes das pastas terão mais tempo para trabalhar. Além disso, os candidatos começam a focar em suas bases.

Campanha

Lula virá a Belo Horizonte para uma agenda com petistas. Também deve encontrar com representantes da base aliada e com prefeitos.

Já Pimentel dedicará os meses que antecedem a campanha oficial para visitar prefeituras e fazer contato com lideranças regionais.

PMDB

O próximo passo dos petistas, segundo interlocutores do ministro, é costurar a aliança com o PMDB. Caberia à Executiva Nacional da legenda conversar com a ala estadual para que apoie Pimentel.

Até o momento, o nome preferido para encampar como vice na chapa é o do ministro da Agricultura, Antônio Andrade. Ele deixará a pasta no prazo limítrofe.

Andrade enfrenta resistência do grupo comandado pelo presidente estadual Saraiva Felipe e pelo senador Clésio Andrade. Porém, peemedebistas dão como certa a vitória do ministro da Agricultura, se o caso for levado à votação pela Executiva.

Apesar da preferência do PT por Andrade, a legenda aceitaria qualquer nome a ser indicado pelo PMDB.

Na construção, está ainda a montagem de uma chapa proporcional, para a eleição de deputados. A bancada estadual vê com bons olhos a iniciativa, já que ela garantiria cadeiras a mais na Assembleia, segundo cálculos dos parlamentares.