O juiz Paulo Hamilton Siqueira Junior confirmou à Polícia Federal que, de fato, retornou à cena do crime. A PF constatou que o magistrado esteve na Rua Haddock Lobo, na noite de 9 de setembro, indagando funcionários de um prédio e de uma loja da rede Frans Café se ali havia câmeras de circuito fechado de TV.
Chamado para reinquirição na Polícia Federal, no dia 20 de fevereiro, o juiz declarou. "Realmente compareci naqueles locais para verificar se algum segurança ou câmera de filmagem pudessem ter alguma imagem ou fato que pudesse auxiliar na investigação e se alguém havia comparecido ao local indagando acerca de imagens." Hamilton disse que "imaginou que os meliantes poderiam ter voltado ao local para obstar provas".
Apoio. A cúpula do TRE-SP saiu em defesa de Siqueira Junior, sob suspeita de ter inventado o próprio sequestro. Em sessão plenária, os magistrados do TRE fizeram moção de desagravo do juiz, que integra a corte eleitoral paulista. "Não tenho a menor dúvida quanto à conduta do Paulo Hamilton e o currículo dele serve para indicar quem ele é e como age", afirmou Mathias Coltro, vice-presidente e corregedor regional eleitoral.
O juiz Paulo Galízia disse que a reportagem sobre o caso (publicada em 18 de junho) ocorre em "momento inoportuno e sem nenhuma razão, vez que a apuração está em curso".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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