O protesto invadiu a Zona Azul do evento e provocou embate direto entre movimentos sociais e a segurança do evento

(Anderson Coelho)
Um protesto provocou tumulto na zona azul da conferência das nações unidas sobre mudança do clima, a COP 30, na última noite (11), e gerou confronto entre manifestantes e seguranças do local. O ato foi realizado por movimentos sociais e alguns povos indígenas, após o encerramento das atividades oficiais da conferência.
A zona azul é a área de acesso restrito à cúpula de líderes globais e é reservada para as negociações oficiais dos países sobre políticas climáticas internacionais. O espaço possui barreiras de segurança organizadas pela convenção-quadro das nações unidas sobre mudanças climáticas (UNFCCC) e pelo governo federal. O tumulto mobilizou as forças oficiais da ONU e do Brasil.
A invasão da zona azul aconteceu após a realização da marcha global saúde e clima, uma manifestação pacífica e oficial que ocorreu na COP 30. A marcha contou com apoio da Fiocruz, rede saúde e clima Brasil e ministério da saúde, além de unir povos tradicionais, cientistas, especialistas em clima e organizações sociais.
No entanto, a organização da marcha global declarou que não foi responsável pela invasão da zona azul. "A marcha foi uma expressão legítima, pacífica e organizada de mobilização popular, construída com diálogo, responsabilidade e compromisso coletivo", reiterou.
Em nota, a articulação dos povos indígenas do Brasil (APIB) também afirmou que não coordenou a invasão do evento, mas reforçou o direito de manifestação e autonomia dos povos.
A segurança do local foi reestabelecida, e as autoridades brasileiras e da convenção-quadro das nações unidas sobre mudança do clima (UNFCCC) investigam os envolvidos no incidente.
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