(Samuel Costa)
Em nome de um acordo eleitoral com o PSDB o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), “elegeu” o tucano Henrique Braga, pastor da Igreja Quadrangular, como seu candidato preferencial à Presidência da Câmara. A ordem é que a bancada socialista trabalhe o nome de Braga para torná-lo candidato de consenso dos partidos aliados.
Além de atender ao PSDB, Braga possui a experiência de cinco mandatos e um perfil conciliador, com bom trânsito até mesmo no PT. Isso evitaria confrontos entre Executivo e Legislativo no início da nova gestão de Lacerda.
O grupo de partidos aliados liderados pelo PSB se reunirá com Braga hoje para tentar fechar a questão. O vereador Pablito ainda é o candidato apoiado pelo senador Aécio Neves (PSDB), porém aliados vão pedir que ele abra mão da candidatura para apoiar Braga.
Em 2010, Braga abriu mão da candidatura à presidência para apoiar Léo Burguês – nome vetado pelo prefeito Marcio Lacerda.
Costura
O nome de Braga ganhou força nas últimas horas depois que partidários de Burguês tentaram impor seu nome como o único representante da base aliada. “Houve muita pressão para definir o nome do Burguês. Queriam definir sem a interferência do Palácio Tiradentes e da prefeitura. Não aceitamos”, disse um parlamentar sob a condição de anonimato.
Mesmo que o processo de composição da Mesa Diretora seja conduzido por votação aberta, realizada amanhã, vencerá aquele que for “escolhido” pelo prefeito. “Você há de convir que o prefeito tem a escolha. Todas as eleições passam pelo crivo do Executivo. Obviamente que a Câmara é independente e não precisa se curvar, por isso estamos dialogando”, diz um vereador socialista.
Procurado, Henrique Braga disse desconhecer essas articulações. “Apenas coloquei meu nome à disposição do partido”.
Porém, um colega próximo ao tucano explica que seu nome é a única maneira de o PSDB manter a presidência da Câmara. “Se formos para o embate desunidos, o PSB e o PT ganham essa disputa”, afirmou um parlamentar que pediu para não ser identificado.
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