A ex-senadora Marina Silva disse nesta quinta-feira que vai rodar o País atrás de assinaturas para criar o seu novo partido político, batizado de Rede Sustentabilidade. Pela manhã, Marina esteve no Mercado da Lapa, zona oeste de São Paulo, onde conversou com feirantes e participou de um mutirão de coleta de apoios.
"Esta é a segunda atividade que eu participo, a primeira foi em Brasília. A partir de agora vamos andar o Brasil inteiro", afirmou. Na sexta-feira (15), a ex-ministra do Meio Ambiente vai a Araraquara, a 270 quilômetros da capital, e, no fim de semana, ela estará no Rio.
Marina, no entanto, disse que ainda não há um levantamento de quantas assinaturas o movimento já conseguiu, pois o processo está apenas no início. A Rede foi lançada em 16 de fevereiro e tem até setembro para conseguir as mais de 500 mil assinaturas de apoio que a Justiça Eleitoral exige para a criação de uma nova sigla.
O deputado Walter Feldman (PSDB) e o vereador Ricardo Young (PPS), que já anunciaram que vão deixar os seus partidos para integrar a Rede, também participaram do mutirão ao lado de Marina. Segundo Feldman, a mobilização deles não causa constrangimento dentro das atuais legendas e, para Young, até contribui para trazer o tema "sustentabilidade" para o debate nas demais siglas.
Eleição
Cotada como um das candidatas à Presidência em 2014, depois de ter conquistado quase 20 milhões de votos nas eleições passadas, Marina criticou o clima de campanha criado nas últimas semanas pelo PT e PSDB e disse que a Rede não vai participar desse processo de antecipação.
"Nós acabamos de ter uma eleição para prefeito e já anteciparam a eleição para presidente da República. Eu acho que a gente tem que ganhar mais tempo discutindo as propostas, as ideias, do que apenas discutir a engenharia eleitoral. Neste momento nós estamos focados em discutir o programa que teremos e não estamos participando dessa antecipação", afirmou.
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