Manifestação de apoiadores do ex-presidente ocorre neste domingo

Pessoas em frente sede da Polícia Federal após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (Valter Campanato/Agência Brasil)
Um médico e três advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram à Superintendência da Polícia Federal, na manhã deste domingo (23), antes da realização da audiência virtual de custódia. Os profissionais não falaram com os jornalistas que fazem plantão em frente ao prédio.
O ex-presidente foi detido neste sábado (22), por volta das 6h30 (horário de Brasília), por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que alegou possível tentativa de fuga e violação da tornozeleira eletrônica para justificar a prisão preventiva.
Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal ontem, onde realizou o exame de corpo de delito, no Instituto Nacional de Criminalística. O exame não apontou quaisquer queixas do ex-presidente, que aparentemente se encontrava em estado normal, acompanhado de seu advogado durante o procedimento. Desde então, ele segue preso preventivamente.
Na manhã deste domingo, cerca de duas dezenas de apoiadores do ex-presidente enfrentaram chuvas esparsas para pedir a soltura de Bolsonaro em frente à portaria principal da Superintendência da PF, no final da asa sul, bairro central de Brasília.
Os manifestantes empunhavam bandeiras do Brasil e uma faixa que pedia aos motoristas que buzinassem contra a detenção de Bolsonaro. Uma pequena caixa de som tocava a canção Que País é Este?, da banda Legião Urbana.
O ex-presidente foi preso preventivamente neste sábado (22) pela Polícia Federal, em resposta a um pedido que solicitou ao Supremo Tribunal Federal a substituição da prisão domiciliar pela custódia na Superintendência da PF.
O ex-presidente usou um ferro de soldar na tornozeleira eletrônica que danificou parte do equipamento. As informações estão em relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) junto a um vídeo em que o próprio Bolsonaro admite o uso do ferro de solda motivado por "curiosidade".
Esta prisão preventiva não constitui a execução da pena da condenação dele a 27 anos e três meses de prisão por organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e tentativa de golpe de Estado.
Trata-se de medida cautelar adotada em razão do risco de fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro está acomodado em uma sala de 12 metros quadrados (m²), equipada com cama, ar condicionado e banheiro e televisão.
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