Ainda se recuperando de uma faringite, a presidente Dilma Rousseff optou por despachar nesta terça-feira, 30, no Palácio da Alvorada, longe do ar condicionado do Palácio do Planalto. Apesar de a agenda oficial prever apenas uma audiência com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), carros e mais carros oficiais começaram a chegar ao Palácio da Alvorada. A presidente recebeu dez ministros numa reunião ampliada.
Para completar a agenda, um grupo de cem papiloscopistas de 20 Estados diferentes se reuniu perto da entrada do Alvorada, carregando velas, entoando trechos do Hino Nacional e pedindo a sanção sem vetos do projeto de lei que os reconhece como peritos oficiais. Chegaram até a rezar pela saúde de Dilma.
Depois de Ribeiro, despacharam com a presidente os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Miriam Belchior (Planejamento), Gastão Vieira (Turismo), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Antonio Andrade (Agricultura) e Aldo Rebelo (Esporte).
Também apareceram no Alvorada o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda. À tarde, a presidente teve audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por cerca de duas horas. Todos eles entraram em seus carros oficiais com os vidros opacos levantados. Só dava para saber quem é que estava dentro do carro por causa da placa que identifica a autoridade.
Agenda positiva. Em mais um esforço para construir uma agenda positiva, Dilma participa nesta quarta-feira, 31, às 11h, de cerimônia na Prefeitura de São Paulo, quando deverão ser anunciados investimentos de R$ 1,7 bilhão do PAC Mobilidade Urbana.
O transporte público foi uma das principais questões dos protestos de junho que fizeram desabar a avaliação da presidente, de governadores e prefeitos. Muito gripada, Dilma também aproveita a passagem pela capital para se consultar com o médico Roberto Kalil. A expectativa no Planalto é a de que, assim como a gripe da presidente, a economia e o cenário político nacional melhorem logo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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