Milionários na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Rodrigo Lopes - Coluna do Amaury Ribeiro Jr.
29/01/2013 às 14:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:23

Cada um dos 77 deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) embolsa dos cofres públicos quase R$ 1 milhão por ano. Bolada custeada, é claro, pelo contribuinte mineiro. De acordo com documentos obtidos por esta coluna, além dos R$ 20 mil de salários, os parlamentares recebem por mês um agrado extra de R$ 60 mil, entre subsídios, verbas de gabinete, auxílio moradia e outras mordomias.

Fortuna

É só fazer as contas para se chegar à conclusão de que cada deputado recebe mais de R$ 4 mil por dia, uma vez que eles dão expediente apenas 12 dias por mês (de terça a quinta). Esses valores não incluem gastos com telefone, computadores, correspondência e material de escritório e os quase R$ 40 mil que são pagos mensalmente a assessores.

Bolso cheio

A dinheirama dos deputados respinga de todos os lados. Apesar de trabalharem apenas três dias por semana, eles têm direito a outras bonificações. Os parlamentares de Minas Gerais recebem R$ 20 mil de subsídio e R$2.250 de auxílio-moradia, pagos até mesmo para os deputados que já moravam em Belo Horizonte antes de serem eleitos para os cargos na Assembleia Legislativa.

Mordomias

A fim de não ficarem a pé ou sem abrigo, eles recebem também R$ 7 mil por ano para gastar em despesas com passagens aéreas e conta de celular . E mais R$20 mil mensais de verba de atividade parlamentar. Para recebê-la, basta apresentar as notas, que podem ser de contratação de consultoria, combustível, aluguel de carros e até de despesas pessoais.

Secreto

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro (PSDB), prometeu, mas ainda não o fez. Há mais de um ano em vigor no país, a Lei de Acesso à Informação Pública, que torna públicos os salários dos servidores públicos em todos os órgãos a administração pública no Brasil, não foi aplicada na Assembleia de Minas.

Sem chance

Nem a possibilidade de os vencimentos serem vinculados apenas ao número de matrícula do funcionário (uma forma de maquiar e dificultar acesso, que alguns órgãos têm adotado) foi ventilada por Dinis Pinheiro.

Festa da sacolinha

A família da mulher de um grande político mineiro comemorou com foguetes a decisão do Tribunal de Justiça, que cassou a liminar que proibia a venda de sacolinhas em supermercado. Uma das empresas que comercializam as sacolas recomendadas pertence, “coincidentemente”, aos tais parentes.

Faturamento

A cidade de Belo Horizonte foi pioneira na decisão de proibir o uso da sacola plástica comum, aquela que sempre foi dada de graça nos supermercados. A Câmara dos Vereadores aprovou lei acabando com a distribuição nos estabelecimentos, sem veto da prefeitura da capital. Sacolas “teoricamente” biodegradáveis começaram a ser vendidas no comércio por R$ 0,19.

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