Ministro diz que Dilma ainda não escolheu novo nome para o Supremo

Márcio Falcão - Folhapress
26/02/2013 às 21:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:23

BRASÍLIA - O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse nesta terça-feira (26) que a presidente Dilma Rousseff ainda não escolheu o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai substituir Carlos Ayres Britto, aposentado desde novembro do ano passado. Cardozo se reuniu no fim da tarde de hoje com o presidente do Supremo Joaquim Barbosa e disse que não recebeu nenhuma crítica pela demora na indicação. O ministro da Justiça minimizou a indefinição e disse que não há prazo para a escolha do novo integrante do STF.

"Não há nenhum nome definido", afirmou. "O Brasil tem nomes muito gabaritados que podem ocupar esse posto. Não é uma escolha fácil e a presidente Dilma, em qualquer escolha dessa natureza, age com muito critério e muita avaliação", completou.

O ministro pediu paciência para o processo. "Eu acho que deve-se dar a quem nomeia o tempo necessário para a melhor escolha. Eu acho que a maturação, a reflexão, são fundamentais [para o processo]", afirmou. Britto se aposentou compulsoriamente, ao completar 70 anos, em novembro passado, deixando o STF com dez integrantes. A disputa pela vaga entre Heleno Torres e Humberto Ávila virou uma guerra nos bastidores.

O Palácio do Planalto brecou a escolha diante da informação de que os dois travaram "batalha sangrenta" em 2010 e 2011 por uma cadeira da Faculdade de Direito da USP. Torres conseguiu anular o concurso vencido por Ávila. Diante de sinais de revanche em curso, interlocutores dizem que Dilma pode escolher um "tertius". Interlocutores do Planalto e ministros do próprio STF lembram o constitucionalista Luís Roberto Barroso.

Nos últimos 30 meses, o Supremo ficou 14 sem pelo menos um ministro em plenário. A indicação de Dilma mais rápida foi de Teori Zavascki, pouco mais de um mês depois da aposentadoria de Cezar Peluso. Rosa Weber foi escolhida mais de quatro meses após a saída de Ellen Gracie. Luiz Fux foi indicado sete meses após a aposentadoria de Eros Grau, que se aposentou no fim do governo Lula.

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