O ex-deputado federal Sérgio Miranda (PDT), de 65 anos, morreu nesta segunda-feira (26) em Brasília, vítima de um câncer de pâncreas que teve diagnosticado no início do ano. O corpo foi velado no Salão Negro da Câmara dos Deputados desde a tarde e será enterrado na terça-feira (27), no cemitério Campo da Esperança, também na capital federal.
Militante comunista desde jovem, Miranda foi deputado federal por quatro mandatos (1993 -2006) e filiado ao PCdoB por 43 anos, mas trocou o partido pelo PDT em 2005, legenda que chegou a presidir em Belo Horizonte. Também foi vereador na cidade entre 1988 e 1992 e assumiu a vaga na Câmara na vaga de Célio de Castro (PSB), que renunciou ao ser eleito vice-prefeito da capital mineira.
O professor Sérgio Miranda de Matos Brito nasceu em Belém (PA) e havia completado 65 anos na última sexta-feira (23). Durante sua militância política, foi expulso do curso de Matemática da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 1969 pelo governo militar. Ao longo de sua carreira, atuou principalmente nas áreas previdenciária, trabalhista, orçamentária e de direitos sociais e integrou grupos de investigações, como a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), encerrada em 2003.
Por meio de nota oficial, o PDT lamentou a morte do Miranda, lembrando que ele foi "indicado como um dos mais influentes da Câmara pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)" e que o ex-deputado "teve a ética e o idealismo como marca de sua atuação política".
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