(Editoria de Arte)
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) divulgou nessa segunda (7) um manifesto anunciando duros protestos contra a política econômica promovida pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e Congresso Nacional. O MTST é um dos movimentos sociais que levou dezenas de manifestantes às ruas no ano passado, contra o impeachment da presidente Dilma.
Os movimentos sociais aumentaram, nesse ano, o tom da críticas ao governo. São contrários ao ajuste fiscal e à reforma da previdência, pautas do governo Dilma. O MTST é o primeiro movimento que divulgou críticas mais contundentes.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), apesar das críticas à política econômica, informou que irá às ruas em defesa da presidente. Já o MTST endureceu o discurso. “Os ataques aos nossos direitos e as pautas da direita serão enfrentados nas ruas, sem tréguas e com radicalidade”, afirma o texto publicado no site da entidade”.
“A saída que defendemos é com o povo nas ruas e pela esquerda. O país só sairá do buraco com um programa de reformas populares, que combata os privilégios e inverta o ajuste fiscal – fazendo o andar de cima pagar a conta da crise. Não temos nenhuma expectativa de que o governo Dilma tome este rumo. Ao contrário, a cada dia vai mais para a direita”, informa comunicado do MTST.
Defesa
Em Belo Horizonte, militantes da CUT, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Frente Brasil Popular de Minas, da Refundação Comunista, de sindicatos e movimentos sociais, deputados, vereadores e lideranças do PT e PCdoB estão mobilizados.
Segundo a CUT, a intenção é “realizar atos em defesa da democracia e contra mais uma investida da direita pelo retrocesso do Brasil, representada pela condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor na Polícia Federal (PF)”.
As concentrações estão ocorrendo na Praça Sete e no hall da Assembleia Legislativa de Minas. “Vou repetir o que Lula disse e nos deu mais força para seguir na luta: não vamos baixar a cabeça. Vamos resistir e enfrentar os golpistas. Não vamos aceitar um golpe, o ataque à democracia que nós brasileiros tanto lutamos para conquistar. De Minas Gerais sempre saíram atos de resistência em lutas por avanços, conquistas e direitos e pela democracia”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT-MG.
“Este é mais um momento de voltarmos às ruas. O povo brasileiro vive um momento histórico e de decisão para fazer uma grande nação. Vamos fazer uma grande semana de luta para enfrentar os golpistas, que tentam intimidar o povo brasileiro”, disse Joceli Andrioli, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).