Movimentos na avenida Paulista pedem impeachment e não querem políticos

Estadão Conteúdo
16/08/2015 às 14:51.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:22
 (Nelson Almeida/AFP)

(Nelson Almeida/AFP)

Milhares de pessoas já se reúnem na Avenida Paulista, principalmente em frente ao Museu de Arte de São Paulo, para protestar contra o governo Dilma Rousseff. Manifestantes abriram na avenida uma faixa gigante com a palavra impeachment.

A advogada Beatriz Kicis, de 52 anos, administradora do movimento Revoltados Online, disse que há motivos de sobra para pedir o impeachment da presidente Dilma. "Houve omissão nos casos da Petrobras e do BNDES. E há as pedaladas fiscais", disse. Moradora de Brasília, Beatriz veio a São Paulo só para participar do ato. O economista Paulo Melo, de 52 anos, disse que não sabe ainda qual é o presidente ideal para o País, mas que o primeiro passo é tirar o PT do poder. "Vai surgir o presidente ideal na hora certa."

Já um dos coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre (MBL), Fernando Holiday, garantiu que o caminhão do grupo que interdita a Avenida Paulista não abrigará discursos de políticos. "Faremos discursos somente de membros do movimento. Hoje a principal bandeira é o impeachment da presidente Dilma Rousseff", explicou.

Panfletos

Um panfleto com o título "Olavo tem razão", em referência ao filósofo Olavo de Carvalho, é distribuído aos manifestantes. "Descubra toda a verdade por trás do marxismo cultural e da nefasta degradação moral da cultura brasileira lendo estes livros", aponta o texto, que indica obras como a do filósofo Luiz Felipe Pondé (Guia Politicamente Incorreto da Filosofia) e o economista Rodrigo Constantino (Esquerda Caviar).

Em meio aos protestos contra a presidente Dilma e o PT, há cartazes em pontos de ônibus da avenida, colados por militantes do Partido da Causa Operária na noite de sábado com os dizeres "Abaixo o Golpe, Impeachment não". Alguns foram arrancados e pichados por manifestantes que querem a saída da presidente. Outros levaram às ruas hoje faixas dizendo "Fica Dilma" e "Não ao Golpismo".
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