Mujica discursa em festa do PT e diz que é preciso cuidar da alma do partido

Hoje em Dia
06/02/2015 às 20:10.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:56
 (Ricardo Bastos / Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos / Hoje em Dia)

Com cerca de três horas de atraso, começou, por volta das 19h45, a solenidade de comemoração dos 35 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), no Minascentro, no Centro de Belo Horizonte. Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, participaram da festa o ex-presidente do Uruguai José Mujica.    Os três foram ovacionados pela plateia de mais de 1.500 pessoas. Cerca de outros 300 petistas que vieram para a comemoração ficaram de fora do teatro.   Durante sua fala, o ex-presidente do Uruguai disse que é preciso a América Latina se unir e solidarizar com cada país. Ele destacou que quando se luta para repartir o bem da sociedade, se pode afetar interesses de outros que resistem. Mujica reforçou que a luta pela solidariedade é muito dura e difícil, mas que os únicos derrotados são aqueles que fogem da luta. Ele ainda criticou a sociedade de consumo e afirmou que é preciso aprender a viver com pouco.   "Há que se lutar contra a violência. Há que se lutar para repartir o pouco que temos", apelou. Mujica ainda afirmou que é preciso que o PT "cuide da alma do partido, mas sem nunca se sentirem patrões do Brasil".   Em discurso, o presidente do PT, Rui Falcão, voltou a defender as reformas política e agrária, além da regulamentação econômica da mídia. Ele também reforçou que o ajuste fiscal não deverá afetar os direitos sociais. “Sem recessão,  sem arrocho”, destacou.   Rui Falcão disse ainda que a oposição ataca a Petrobras para enfraquecê-la, “em última instância para forçar a privatização da empresa,  como tentaram no governo FHC”.   Já o governador de Minas, Fernando Pimentel, defendeu o partido e afirmou que a crítica externa nunca será mais dura e sincera que a própria crítica do PT. "Não podemos aceitar o clima de caça às bruxas por parte daqueles que dormem à noite sonhando com a volta da ditadura. Não temos vergonha de ser do PT. Temos orgulho de ser do partido", disse.  

Foto: Ricardo Bastos / Hoje em Dia   *Com informações da repórter Aline Louise e Janaína Oliveira.   Atualizada às 20h44.

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