'Não existe centrão. São deputados que precisamos convencer a nos apoiar', afirma Lula
(Ricardo Stukert)
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o "centrão" é apenas uma composição de partidos com os quais o PT preicsa aprender a conversar. O petista afirmou que está tranquilo com a relação que será estabelecida com o parlamento.
"É possível recuperar a isonomia entre os poderes e a normalidade na relação entre as instituições brasileiras, que foram atacadas e violentadas por uma linguagem nem sempre adequada", disse Lula em menção à relação entre os líderes dos três poderes durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O petista deu sinais de que não irá interferir nas eleições para a Câmara dos Deputados e lembrou a disputa pela presidência da Casa durante seu primeiro mandato, que terminou com a vitória de Severino Cavalcanti, na época líder dos deputados chamados de “baixo clero”, sem muita liderança no parlamento, mas em gande número.
"Acredito que tudo irá acontecer na maior tranquilidade. É o Brasil que está precisando de um novo comportamento. Não cabe ao presidente da República interferir em quem será o presidente do Senado ou da Câmara. O papel do presidente da República não é gostar, é conversar com quem dirige a instituição", reforçou.
Nesta terça-feira (9), Lula cumpriu agenda e encontros com os presidentes dos três poderes. Em seguida, concedeu entrevista a jornalistas e defendeu as urnas eletrônicas e o processo eleitoral que, nas palavras dele, é invejado por vários países.
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