O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, apostou na comparação entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva para convencer o eleitorado que pode melhorar a vida dos paulistanos "da porta para fora de casa", uma vez que milhares de pessoas ascenderam socialmente no País nos últimos anos e tiveram suas vidas melhoradas "da porta para dentro" de suas casas. Faltando poucos dias para o primeiro turno das eleições municipais, a campanha de Haddad na TV confrontou as realizações de tucanos e petistas, opondo o governo "FHC e Serra" ao de "Lula, Dilma e Haddad". "Graças a Lula e Dilma, o brasileiro pobre consome mais", disse o candidato.
No programa, a campanha afirmou que o Brasil passou por mudanças reconhecidas mundialmente e entre as diferenças dos governos do PSDB e do PT estão o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) pelo governo Lula, o aumento do poder aquisitivo do trabalhador e os 28 milhões de brasileiros que saíram da pobreza extrema nos últimos 10 anos. "O que se viu no governo FHC se vê no governo Serra/Kassab: pouco apoio aos pobres", apontou Haddad. Com o reforço do depoimento de Lula, o petista disse que pode melhorar a vida de todos, "principalmente os mais pobres" e criticou a administração Gilberto Kassab (PSD) por não cumprir suas promessas. "Quero ser o prefeito das promessas cumpridas", afirmou.
O programa do tucano José Serra começou com um ator rechaçando o voto no PT por causa do escândalo do mensalão e da gestão Marta Suplicy em São Paulo (2001-2004). "No PT não dá para votar de jeito nenhum", disse. O ator também apresentou justificativas para convencer o eleitor a não votar em Celso Russomanno (PRB). "É ruim deixar uma cidade desse tamanho nas mãos de um cara que não tem experiência nenhuma", completou. Em seguida, o programa tucano apresentou as realizações de Serra nas áreas de habitação e transporte. O tucano reforçou a propaganda que está sendo veiculada pelo governo do Estado sobre a ampliação do sistema metroviário na cidade e garantiu que, a partir de 2013, haverá inauguração de novas estações do Metrô. "Tem de ter parceria Estado-Prefeitura", defendeu Serra.
Gabriel Chalita, do PMDB, persistiu no diálogo direto com o eleitor exibidos nos últimos programas e disse estar preparado para ser prefeito porque tem equipe para administrar a cidade, projeto e valores. O peemedebista ressaltou que a briga política entre PT e PSDB pode fazer a cidade eleger Celso Russomanno, candidato que, segundo Chalita, não tem projeto e experiência. "São Paulo não pode cair em mãos erradas", apelou.
Miguel Manso (PPL) reclamou da falta de espaço nos debates promovidos pelas emissoras de TV. Russomanno, Paulo Pereira da Silva (PDT), Soninha Francine (PPS), Carlos Giannazi (PSOL), Levy Fidelix (PRTB), José Maria Eymael (PSDC), Ana Luiza Figueiredo(PSTU) e Anaí Caproni (PCO), reproduziram programas exibidos anteriormente.
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