Operações revelam fraudes com prejuízo de R$ 1,4 bilhão ao país

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
10/04/2013 às 06:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:41

No momento em que o poder de investigação do Ministério Público (MP) é questionado por parte da classe dos delegados, um movimento envolvendo 150 promotores e 1.300 policiais em pelo menos 12 estados realizou, na terça-feira (9), uma série de operações para marcar o Dia Nacional de Combate à Corrupção. São investigados empresários, funcionários públicos e ex-prefeitos suspeitos de envolvimento em crimes, cujo prejuízo aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 1,4 bilhão.

Em Minas, a operação “Robusta”, em conjunto com os MPs do Rio e do Espírito Santo, desvendou um esquema de sonegação fiscal por empresas de fachada que comercializam café em grãos em Manhuaçu, Ervália e Resplendor. O prejuízo estimado é de mais de R$ 40 milhões, apenas em Minas Gerais, entre 2009 e 2012.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em sete empresas e um de prisão. O contador João Carlos Kleinpaul Vieira trabalhava para as firmas e já havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal por sonegação.

Segundo o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet) do MPMG, Renato Fróes, o desafio na investigação é descobrir os “mandantes” do esquema. “O contador João Carlos Kleinpaul pode ser um laranja”, afirma.

Mais de 15 empresas criadas no interior do Rio simulavam a venda do café, fornecendo apenas notas fiscais para Minas e Espírito Santo, que respondem por quase 80% da produção nacional do grão. O objetivo era transferir créditos de ICMS e pagar menos impostos à Secretaria da Fazenda. Foram emitidos mais de R$ 2 bilhões em notas.
 
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