A oposição tem usado a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras para atingir o governo Dilma Rousseff. A avaliação é do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que reforçou, na manhã desta quarta-feira, 21, as declarações dadas na terça-feira, 20, pelo ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, em depoimento na CPI do Senado. "No caso da Petrobras há uma exploração política enorme, a partir do caso da compra daquela refinaria de Pasadena, que são questões que podem vir à tona, que o Ministério Público está trabalhando, que já tem uma CPI e pode ser que a gente venha a ter duas. Nós não temos medo de CPI, porque, se houve algum erro, ele vai ser punido", disse.
Carvalho afirmou também que a maior notoriedade dos casos de corrupção no País, a partir da gestão do PT, se deve ao fato de o governo estar "passando a limpo" o que estava "na gaveta". "Essa impressão de que temos um País corrupto hoje não é real. Temos sim um País com muita corrupção, mas essa corrupção vem de longe, não a inventamos. Essa corrupção era colocada na gaveta", frisou, emendando: "Nós tínhamos um engavetador-geral da República (e não um procurador-geral da República). Por que o processo de reeleição do Fernando Henrique Cardoso, comprado como nós sabemos, nunca foi julgado?."
O ministro avaliou que o aumento dos casos de corrupção de políticos refletiu a liberdade dada pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff para a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal. "O que estamos fazendo é passar a limpo esse País e tudo o que acontece vem à tona. Quanta CPI tivemos nesse governo que não tínhamos no passado? É claro, passa-se a impressão de que a corrupção está dominando, mas o que está dominando é o espírito de não conviver com a corrupção", disse o ministro, que hoje foi o entrevistado do programa 'Bom Dia, Ministro', da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
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