Tentativa de golpe

'Parece algo pessoal contra mim', reclama Bolsonaro, na primeira fala após decisão do STF

Para ex-presidente, as acusações que levaram a Primeira Turma a torná-lo réu "são graves e infundadas"

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
26/03/2025 às 14:18.
Atualizado em 26/03/2025 às 14:29
Bolsonaro reuniu aliados para pronunciamento à imprensa após a decisão da Primeira Turma do STF (Reprodução / TV Globo)

Bolsonaro reuniu aliados para pronunciamento à imprensa após a decisão da Primeira Turma do STF (Reprodução / TV Globo)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu nesta quarta-feira (26) por crimes contra a ordem democrática, comentou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em post no X, assim que a Corte alcançou maioria para torná-lo réu, ele chamou o julgamento no STF de "atentado jurídico à democracia" e afirmou que os ministros tentam impedir que ele "chegue livre às eleições" de 2026. 

"Parece que há algo pessoal contra mim e as acusações são graves e infundadas", citou Bolsonaro, em pronunciamento ao lado do filho e senador Flávio Bolsonaro (PL) e aliados.

"Golpe tem povo, mas tem tropa, armas e tem liderança. Dois anos de investigação e não descobriram quem, porventura, seria esse líder. Vi ontem, assisti hoje, o senhor Alexandre de Moraes dizer que assinaram ANPP (Acordo de Não Persecução Penal) e que, no acordo, essas pessoas admitiram que estavam num golpe. 500 pessoas e ninguém sabia. Nesse acordo, ninguém cita meu nome. 500 pessoas e ninguém cita meu nome", comentou Bolsonaro.

Durante a fala a sobre decisão da Primeira Turma do STF de torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente voltou a fazer acusações contra as urnas eletrônicas.

Sete aliados de Bolsonaro também viraram réus por tentativa de golpe:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
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