Patrus Ananias reconhece derrota e promete oposição ferrenha na capital

Ana Flávia Gussen e Wallace Graciano* - Do Hoje em Dia
07/10/2012 às 23:36.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:54

Apesar de abatido pela derrota no primeiro turno da disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, Patrus Ananias (PT) afirmou em depoimento à militância petista que o partido saiu unificado do pleito deste domingo (7) e que fará oposição “programática” a Marcio Lacerda (PSB) nos próximos quatro anos.

“Liguei para o Márcio Lacerda e deixei claro que faremos uma oposição programática. Nossos vereadores estarão com o programa de governo dele nas mãos, cobrando os números e as promessas que fez nesta campanha", disse o petista.

Apesar da derrota nas urnas, Patrus afirmou que saiu satisfeito do pleito, principalmente pela unidade conseguida pelo centro-esquerda no estado. "Perdemos eleitoralmente, mas ficou claro que conseguimos unir o PT contra s forças neoliberais. Quero enfatizar que saímos fortalecidos das urnas”, avaliou, o ex-ministro, que disse ainda que recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff, que o parabenizou pelos 40% de votos conquistados.

Lacerda espera "Oposição ética"

Eleito no primeiro turno para a prefeitura de Belo Horizonte com 52% dos votos válidos, Márcio Lacerda (PSB) acenou com a possibilidade de seu governo aproximar, pelo menos no cenário local, o PSDB, partido que o apoiou tendo como comissão de frente o senador Aécio Neves, e o PT, partido do candidato derrotado Patrus Ananias.

O primeiro passo para essa aproximação foi apresentado, logo após o candidato saber da vitória. “Esperamos ter uma oposição ética que não priorize o partido, mas a cidade. Tenho certeza de que isso vai acontecer porque recebi um telefonema de Patrus Ananias dizendo que fará uma oposição leal e construtiva”, disse Lacerda em coletiva de imprensa. “Não temos grandes diferenças programáticas em relação a eles, portanto não há por que não possamos [fazer isso]”.

Lacerda lembrou que boa parte da aliança que o elegeu é também da base do governo federal. “Nossa aliança tem 19 partidos, dos quais 16 são da base da presidente Dilma. Não há por que mudar essa relação. Não haverá oposição do governo federal, como não houve [dele, governo federal] aos governos Alckimin, Serra e Anastasia”, disse o prefeito reeleito para mais quatro anos na capital mineira.

*Com informações da Agência Brasil

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