PBH manda paralisar limpeza na Pampulha, mas revê a decisão

Humberto Santos - Do Hoje em Dia
13/11/2012 às 07:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:13
 (FREDERICO HAIKAL)

(FREDERICO HAIKAL)

A Prefeitura de Belo Horizonte chegou a emitir ordem para que a empresa GPO Mercantil e Engenharia paralisasse os trabalhos de manutenção e limpeza da Lagoa da Pampulha. A ordem foi dada no mesmo período em que a administração comunicou ao Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG) sobre a suspensão de novas medições nas obras do município.

A ordem de suspensão dos trabalhos durou poucos dias. Com receio da repercussão negativa, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) emitiu nova ordem para que a empresa continuasse os trabalhos.

Na GPO, a funcionária que atendeu ao Hoje em Dia não quis ter seu nome publicado, mas informou que a empresa recebeu a notificação da prefeitura e “cogitou” deixar de enviar seus funcionários para o trabalho na região.

Pelo contrato, a GPO fornece os trabalhadores à Sudecap, que comanda as ações de limpeza e manutenção da Lagoa da Pampulha.


Última medição

No sistema da prefeitura, consta que a última medição do contrato de prestação de serviço da GPO foi feita em setembro, compreendendo o período de 16 de agosto ao dia 15 do mês seguinte. Ou seja, após esta data os serviços prestados pela empresa não foram aferidos e ela não recebeu por eles.
 
Contudo, no início de setembro, a prefeitura publicou no Diário Oficial do Município (DOM) o reajuste do contrato SC048/2011 – limpeza e manutenção da orla e espelho d’água da Lagoa da Pampulha – cujo valor foi atualizado para R$ 114.409,38. A GPO tem outros contratos com a administração municipal, como o de plantio de árvores, manutenção de canteiros das avenidas nas regionais Centro-Sul e Barreiro e a urbanização da rua Bom Despacho, no bairro Santa Terezinha.


Campanha

Durante a campanha eleitoral, Marcio visitou a Pampulha com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para avaliar os pontos de intervenção do programa de despolui-ção e recuperação da lagoa. As obras deverão custar, conforme anunciado no site do então candidato, U$ 150 milhões.

Na última semana, ele buscou apoio em Brasília a fim de apresentar projeto à Organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para transformar o conjunto arquitetônico da Pampulha em Patrimônio Cultural da Humanidade.

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