BRASÍLIA - O PDT ingressou com mandado de segurança no Tribunal Superior eleitoral (TSE) pedindo a anulação do registro concedido pela corte ao partido Solidariedade, criado pelo ex-pedetista Paulo Pereira da Silva (SDD-SP). Na ação o PDT pede que as assinaturas de apoio ao Solidariedade sejam verificadas em busca de fraudes. O processo solicita o descarte de assinaturas de eleitores que figuram em listas de outros partidos e de assinaturas que tenham sido validadas por cartórios eleitorais e não pelos tribunais regionais eleitorais. O PDT pede urgência na anulação do registro do partido tendo em vista a iminência de deputados pedetistas migrarem para o Solidariedade, levando consigo tempo de televisão do horário eleitoral gratuito e recursos do Fundo Partidário. Em nota, a assessora do deputado Paulo Pereira diz que a ação é "um ato de claro desespero" do PDT. "Com o processo judicial, a intenção do PDT é criar um factóide para desestimular os parlamentares que pretendem migrar para a nova legenda no período permitido pela legislação eleitoral, que se encerra no sábado, dia 5 de outubro." A nota ainda critica o presidente do PDT, Carlos Lupi, seus principais dirigentes, que seria uma "legenda comandada de forma centralizada, pouco democrática e por pessoas que não têm votos". "A história do PDT é maior do que a de seus atuais dirigentes. Por respeito a essa história, o partido deveria renovar seus critérios de administração interna e fazer com que parlamentares ficassem na legenda porque se sentem parte de suas idéias. No lugar disso, prefere apostar na criação de factóides para tentar, a qualquer custo, manter seus quadros."