(Tenato Cobucci)
A divulgação dos vencimentos dos servidores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais mostrou como os “penduricalhos” podem inflar e até dobrar os salários do funcionalismo da Casa. Alguns chegaram a receber R$27,5 mil líquidos em janeiro, mais que a presidente Dilma Rousseff (PT) vê depositado em sua conta no fim do mês. A chefe máxima do país tem salário bruto de cerca de R$ 28 mil, mas o líquido é de aproximadamente R$ 20 mil. Os contracheques dos funcionários da Assembleia trazem dois benefícios que são capazes de transformar, por exemplo, um vencimento básico de R$19 mil em um salário líquido de R$26,5 mil. No caso desse servidor, que ocupa o cargo de analista legislativo, ele supera em muito o salário líquido de um deputado, que é de R$15 mil. Só de vantagem eventual esse analista recebeu R$32,5 mil. Salário líquido é o que é efetivamente depositado na conta, depois de descontados imposto de renda, pagamento da previdência e outros. Não são só analistas legislativos recebem mais que parlamentares. Chefes de gabinete também podem ganhar mais que seus deputados. Um funcionário recebeu R$ 21 mil líquidos em janeiro. Segundo informações da Casa, a vantagem pessoal inclui quinquênio, trintenário, apostilamento e adicionais de insalubridade. Já a vantagem eventual inclui adicional de férias, gratificações natalina e por produtividade, antecipação natalina, horas extras, horas-aula, gratificação de serviços extras, participação em conselhos e outros. Orçamento de 2013 O gasto previsto com pessoal da Assembleia em 2013, de acordo com o Orçamento, é de R$791 milhões. No total, R$945,5 milhões estão previstos em despesas no Legislativo mineiro nesse ano. Esses números colocaram a Assembleia mineira como a mais cara do Brasil. Leia a matéria completa na Edição Digital