Pesquisa de intenção de votos para as eleições presidenciais de outubro indicam estabilidade do cenário e dificuldades tanto para o ex-presidente Lula (PT) quanto para o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), subirem seus patamares de votos. As informações são do levantamento semanal realizado pelo Ipespe, divulgado nesta sexta-feira (3).
Lula lidera e está com 45% das intenções de voto, variando dentro da margem de erro da pesquisa (3,2%, para mais ou para menos) desde setembro de 2021. Bolsonaro vem em segundo, com 34%, o mesmo percentual alcançado no último levantamento do Ipespe, feito em maio. As intenções de voto no atual presidente variam dentro da margem de erro desde a desistência do ex-juiz Sérgio Moro (UB), em abril.
Moro tinha 9% das intenções de voto quando desistiu da disputa em abril. E parte dos votos do ex-juiz migraram para Bolsonaro, que acumulou uma leve melhora nos meses seguintes, passando de 26% para 31%. Mas, desde então, oscila com altos e baixos dentro da margem de erro.
A pesquisa mostrou que a ausência do ex-governador paulista, João Doria (PSDB), não interferiu no cenário e nem beneficiou Simone Tebet (MDB), candidata de terceira via que deve receber o apoio do PSDB.
De acordo com o levantamento, o ex-governador cearense, Ciro Gomes (PDT), continua em terceiro e passou de 8% na leitura anterior para 9% agora.
Ciro é seguido pela senadora Simone Tebet, que manteve os 3%. O deputado federal André Janones (Avante), Vera (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) estão com 1% cada. 7% dos eleitores ouvidos disseram que não escolheriam qualquer candidato.
Avaliação do governo
Considerando a variação do ano, o governo Bolsonaro teve uma melhora na avaliação popular. O grupo que considera o governo como ruim ou péssimo oscilou um ponto para baixo, indo de 51% para 50%, em um recuo acumulado de 5 pontos percentuais desde o início de 2022.
Esta é melhor marca para governo desde junho de 2021. Os que consideram a administração como boa ou ótima ficaram estáveis em 31%, enquanto os que a avaliam como regular oscilaram de 17% na semana anterior para 18% agora.
Os eleitores elencaram ainda quais características consideram mais importantes para o próximo presidente. Honestidade ficou no topo da lista (81% dizem ser muito importante), seguida pela preocupação com as pessoas (77%), competência (72%), inteligência (66%), equilíbrio (65%), pulso firme (60%), ideias novas e modernas (59%) e experiência (59%).
Metodologia
Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-02893/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
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