O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira que causa apreensão o fraco nível de recuperação da economia do País, pois isto está afetando "muito" a arrecadação do Estado, muito baseada na receita obtida com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Estamos preocupados. Quando nos fizemos o Orçamento deste ano era 4,5% de crescimento do PIB e 4,5% a taxa de inflação", disse "A inflação deu a mais e o PIB menos."
De acordo com o governador, o caminho para aumentar o crescimento econômico do País é ter mais investimentos, pois geram empregos. "Claro que o consumo é importante. Mas só com o consumo você não tem um crescimento mais forte e sustentável", afirmou Alckmin. Segundo ele, há um certo limite para a expansão da compra de produtos pela população e também da concessão de crédito em nível nacional.
Após participar de evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Alckmin comentou aos jornalistas presentes que "o consumo já ajudou bastante, mas agora precisamos aumentar a taxa de investimento". De acordo com o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo alcançou a marca de 18,7% do produto interno bruto no terceiro trimestre de 2012.
Para Geraldo Alckmin, o governo federal pode estimular o aumento da taxa de investimento do País ao fortalecer a confiança dos empresários. "A segurança jurídica, estabilidade de regras, melhorar logística, infraestrutura, reduzir custo Brasil, fazer reformas estruturantes",destacou. "Não tem uma solução mágica", apontou.
"Os Estados podem responder mais rápido. O governo federal corretamente aumentou os financiamentos aos Estados", disse Alckmin, mencionando que em São Paulo há obras do Rodoanel, metrô e construção de casas.
Ao ser perguntado qual era sua posição sobre avaliações de economistas, segundo as quais, os investimentos no Brasil estão parados em função de excesso de intervencionismo do governo federal, Alckmin respondeu: "Estabilidade das regras e segurança jurídica são questões centrais para atrair mais investimento produtivo, de longo prazo, para o desenvolvimento do País".
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