O ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga, pré-candidato do PSDB ao governo de Minas, prestou no fim de março depoimento na Polícia Federal, em Brasília, em inquérito que apura o repasse de recursos da SMPB, agência publicitária de Marcos Valério, para o mensalão mineiro.
O tucano admitiu ter recebido R$ 300 mil, mas disse que o valor se referia ao pagamento por serviços de advocacia prestados à agência de publicidade.
Segundo a PF, Pimenta cumpriu carta precatória expedida pela Superintendência da corporação em Minas, que instaurou uma investigação no ano passado. O inquérito é um desdobramento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República em 2008 e apura outros repasses da SMPB.
Pimenta classificou como “estranho” o fato de ter prestado novo depoimento à PF. “Onze anos depois pediram novos esclarecimentos É uma manobra eleitoreira”, afirmou. Em fevereiro, Eduardo Azeredo (PSDB) renunciou ao mandato de deputado. Com a perda do foro privilegiado, o Supremo decidiu transferir para a 1ª Instância, em Minas Gerais, a ação penal contra o ex-governador.