Pimenta deve representar ‘terceiro salto’

A campanha do candidato do PSDB ao Palácio Tiradentes, o ex-ministro Pimenta da Veiga, vai tentar mudar sua imagem de “político do passado”, como tem sido rotulado pela oposição, e ressaltar sua personalidade para dar continuidade ao modelo de gestão aplicado nos últimos 12 anos pelos tucanos no governo do Estado.
De acordo com um dos coordenadores da campanha, o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nárcio Rodrigues, o ex-ministro será apresentado como o possível governador que dará o “terceiro salto” de uma série iniciada pelos ex-governadores Aécio Neves, hoje presidenciável, e Antonio Anastasia, que vai disputar uma vaga no Senado neste ano. “Vamos mostrar que Pimenta não é um nome que caiu de paraquedas e que ele não é uma mera repetição. Vamos continuar os programas de governo, mas com avanços”, afirma Nárcio.
O projeto é confirmado pelo presidente estadual do partido, deputado federal Marcus Pestana. “O desafio é repactuar nossa aliança com a sociedade mineira, de continuidade com inovação. Pimenta é muito experiente, tem uma vivência grande na política e, com certeza, sua identidade e conhecimento vão imprimir a diferença na campanha”, diz. Por estar afastado da vida pública, o ex-prefeito de BH passaria uma imagem mais “limpa”, no entendimento do partido.
Depois de atuar como ministro das Comunicações entre 1998 e 2003, na segunda gestão de Fernando Henrique Cardoso, Pimenta se afastou da política. Até se tornar o pré-candidato tucano, em fevereiro, ele vinha se dedicando ao escritório de advocacia que montou na capital federal.
'Rei da telefonia’
Um dos trunfos da campanha de Pimenta da Veiga e que já vem sendo utilizado nas inserções de propaganda partidária no rádio e na TV, é dar ao tucano crédito por ter trazido a telefonia celular para o Brasil, com a privatização das empresas do setor na era FHC. Ainda segundo os quadros do PSDB em Minas, Pimenta será tratado como representante do movimento pela redemocratização do país, escolhido por Tancredo Neves como um dos “líderes da Nova República” e colaborador da elaboração da Nova Constituição, além de “bom ministro e bom prefeito de BH”, diz Nárcio.