(Flávio Tavares/Hoje em Dia/Arquivo)
Na tentativa de apaziguar os ânimos acirrados entre aliados, especialmente o PMDB, o governador Fernando Pimentel (PT) discutirá com todos os líderes de partidos de sua base a reforma administrativa que deve enviar à Assembleia Legislativa para apreciação. Apenas após as reuniões, que começam na próxima semana, o projeto de lei será encaminhado.
Conforme o Hoje em Dia adiantou, sete órgãos serão extintos, entre eles a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. “O governador fará uma reunião com os líderes da base. Só depois enviará o projeto. A Assembleia será ouvida”, afirmou o líder do governo, deputado Durval Ângelo (PT).
A reclamação de peemedebistas é a de que as informações sobre a reforma e o contingenciamento de recursos do orçamento anunciado no início da semana não foram discutidas com os parlamentares e secretários do partido.
“O governador irá conversar com o Antônio Andrade também. O PMDB será ouvido pelo vice-governador”, afirmou Durval.
Segundo ele, há um grupo de trabalho, composto por técnicos, que discutem a extinção de cargos e unidades do governo. “O grupo é técnico. O secretário de Planejamento (Helvécio Magalhães) está nele não por seu vínculo com o PT, mas porque é o secretário de Planejamento”.
Após a chiadeira dos aliados, o governo decidiu chamar a reforma de reestruturação. “Não é uma mudança na totalidade. Não podemos ter dois ou três órgãos com a mesma função”, completou o líder do governo. As medidas terão como objetivo a economia de R$ 1 bilhão.
Oposição
A oposição questiona o valor pretendido. “Se era para fazer corte, tinha que ter sido no início. E, se vier desse jeito, não vale nada. Não dá o valor anunciado pelo governo”, afirmou o deputado estadual Gustavo Corrêa (PSDB). “ A reforma não sai antes de abril”, prevê.
Além da extinção de sete unidades do governo, será criada uma secretaria e dois órgãos serão fundidos.