PMDB de Minas Gerais ainda avalia lançamento de candidatura

Ricardo Rodrigues
14/05/2014 às 20:45.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:35

O PMDB de Minas Gerais vai levar à convenção partidária, no dia 15 de junho próximo, duas teses a serem votadas por seus filiados: a candidatura própria do partido ao governo do Estado e a aliança com o pré-candidato a governador pelo PT, ex-ministro Fernando Pimentel.

Uma ala do partido lança às 15h desta quinta-feira, em sua sede de Belo Horizonte, um manifesto pela candidatura própria ao Palácio Tiradentes sem, no entanto, definir um nome para a disputa em 5 de outubro. Um dos cotados é o senador Clésio Andrade, que em abril retirou a pré-candidatura.

Se houver mesmo o rompimento com o PT, o PMDB mineiro seguirá o que já foi definido em outros 20 estados brasileiros, onde o partido já se definiu pela candidatura própria a governador, de acordo com informações da assessoria do presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (RO). A iniciativa de manter a tese da candidatura própria foi comunicada na última segunda-feira ao presidente do PMDB de Minas, deputado federal Antônio Andrade, cotado para pré-candidato a vice em chapa encabeçada por Pimentel.

“Nós vamos à convenção defender a tese da candidatura própria ao governo. Não existe uma pré-definição, como tenta fazer crer o presidente Antônio Andrade. Quem definirá o rumo é a convenção de junho”, disse o ex-deputado federal Zaire Rezende, membro do diretório estadual do PMDB. Segundo ele, a decisão antecipada pelo apoio ao PT em Minas “vai contra a realidade do que está ocorrendo no Estado”.

A assessoria do senador Valdir Raupp confirmou ao Hoje em Dia que em pelo menos 20 estados o PMDB terá candidato a governador, independentemente da aliança nacional com os petistas para a reeleição da presidente Dilma (PT) e do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Em reunião da executiva nacional, ontem, em Brasília, Raupp garantiu que o PMDB estará presente na chapa majoritária nos 26 estados e no Distrito Federal.

Nesta quarta-feira, o presidente da sigla em Minas, Antônio Andrade, entregou ao vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB Nacional, Michel Temer, uma moção de apoio assinada por 41 delegados do PMDB para que a aliança com o PT da presidente Dilma se repita nas eleições deste ano. Ele estava acompanhado pelos deputados federais Mauro Lopes, João Magalhães, Leonardo Quintão, Saraiva Felipe e Newton Cardoso e pelos estaduais Leonídio Bouças, Cabo Júlio, Vanderlei Miranda e Sávio Souza Cruz.

Estratégia contra divergências

Numa demonstração de força para aplacar dissidências internas, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) recebeu o apoio antecipado dos diretórios de Minas e São Paulo, que fecharam questão em defesa da reedição da aliança nacional com o PT.

Os presidentes do PMDB de Minas Gerais, Antonio Andrade, e de São Paulo, Baleia Rossi, entregaram a Temer documentos assinados por todos os convencionais do partido em cada um dos estados, nos quais advogam pela manutenção do acordo com a chapa da presidente Dilma Rousseff. O ato foi realizado no gabinete da presidência do PMDB, na Câmara.

Partido definiu posição a favor da reeleição da presidente Dilma Presidente do PMDB em Minas, Antônio Andrade disse que o apoio a Michel Temer para reeditar a aliança PT-PMDB deve se repetir no estado com o apoio a Fernando Pimentel. “Acreditamos na eleição da presidente Dilma e nesta unidade”, disse

Segundo Andrade, Dilma tem o apoio de todos os peemedebistas mineiros para a permanência de Temer na chapa. “Nossa posição é favorável à renovação da aliança com o PT”.

Para o vice-presidente do PMDB, deputado federal Saraiva Felipe, a viabilidade da candidatura própria ao governo mineiro tem de ser discutida. “Todos assinaram documento favorável à aliança nacional com o PT, mas isso não invalida a candidatura própria do PMDB nos estados”.

Para o dirigente, as candidaturas do PMDB nos estados “não dificultam a aliança nacional com o PT”. Em Minas, porém, ele diz que se depender dos deputados estaduais, a tendência será compor aliança com o PT para disputar o Palácio Tiradentes.

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