O PMDB realiza neste sábado (2) sua convenção nacional em Brasília com a expectativa de que a presidente Dilma Rousseff reforce publicamente no evento que a aliança nacional entre ela e o vice-presidente Michel Temer será repetida na eleição presidencial de 2014. A esperança dos peemedebistas é afastar os rumores sobre uma possível chapa da petista com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
A polêmica do dia ficará a cargo do presidente da executiva estadual do Rio de Janeiro, Jorge Picciani. Ele vai ler uma nota pedindo para que não haja palanque duplo em seu Estado, ou seja, evitar que Dilma apoie, nas eleições para governador, outro candidato que não seja Luiz Fernando Pezão. O pedido visa a marcar posição diante das afirmações do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) de que enfrentará o PMDB e também disputará o posto de comando do Palácio da Guanabara.
Em princípio, o pedido seria apresentado em formato de moção, modelo que exige aprovação por meio de votos. Para evitar rusgas com o PT neste momento em que ambos partidos tentam azeitar a relação, Picciani foi convencido a apenas discursar o conteúdo e somente depois que Dilma tenha deixado o local.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que a convenção será "uma demonstração de força e de unidade do PMDB para todo Brasil". O presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), acrescentou que o tom do encontro será o de espalhar para todos os militantes a ideia de reforçar as candidaturas próprias em todos os Estados e cidades que dispuserem de candidatos aptos a disputar - seja com chances de vencer ou não.
Raupp disse ainda que a eleição para escolher os membros do diretório e da executiva deve acontecer sem surpresas e o quadro atual deve ser reconduzido. Mantendo o vice-presidente da República, Michel Temer, na presidência da legenda (licenciado), Raupp como primeiro vice-presidente, a deputada federal Íris Araújo (GO) como segunda vice e o senador Romero Jucá (RR) como terceiro vice.
Também há um acordo para aprovar a mudança do estatuto do partido e permitir que governadores e ministros possam ocupar cargos de direção na legenda.
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