PMs são afastados após dirigente petista ter braço quebrado em delegacia

Estadão Conteúdo
05/03/2019 às 20:28.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:51
 (Reprodução/Twitter)

(Reprodução/Twitter)

Quatro policiais militares foram afastados após Geovani Leonardo Doratiotto da Silva, advogado e dirigente do PT, ter o braço quebrado em uma abordagem dentro da delegacia de Atibaia, interior de São Paulo, no último domingo, 3. Os envolvidos no caso ficarão afastados até a conclusão do inquérito policial

Lideranças do PT compartilharam um vídeo no Twitter na segunda-feira, 4, que mostra uma confusão em uma delegacia de polícia. As lideranças alegam que Doratiotto teria tido o braço quebrado pelos policiais.

O Partido dos Trabalhadores exige justiça!O presidente do diretório municipal do PT de Atibaia, Giovani Doratioto, teve o braço quebrado por policiaos militares nesta segunda. pic.twitter.com/Pe9smyRmUt— PT Brasil (@ptbrasil) 4 de março de 2019



O vídeo mostra um homem com uma camisa escrito "Lula Livre", que seria Geovani, discutindo com os policiais. O policial diz: "vou te algemar de novo." E Geovani pergunta: "o que você vai fazer além de me algemar?". Depois, os PMs imobilizam Doratiotto, viram o braço dele e o colocam em uma cela. Nesse momento, ele diz: "quebrou meu braço, caramba!"

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, compartilhou o vídeo e disse que Geovani teve o braço quebrado pela PM após ser agredido por "apoiadores do presidente Jair Bolsonaro". Ela cobrou explicações ao governo de São Paulo e medidas duras de responsabilização. "Até onde essa violência persistirá?", questionou no Twitter.

No Facebook, a namorada de Geovani, Pham Dal Bello, disse que os dois e outras pessoas estavam participando de uma ação contra o assédio no Carnaval quando foram interceptados por "apoiadores de Bolsonaro", a quem definiu como "bolsominions". Segundo ela, Geovani vestia uma camiseta com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o relato de Pham, eles foram xingados e ofendidos e depois Geovani levou um murro no olho, teve o rosto pressionado contra o chão, e levou chutes na cabeça e na costela. Ainda conforme ela, quando chegaram à delegacia, Geovani foi algemado com duas algemas e só o soltaram depois que Pham disse que ele era diabético e que as extremidades estavam machucadas e arroxeadas.

"Quando questionamos o motivo dele ter sido algemado e os agressores estarem soltos do lado de fora, o policial disse que toda aquela agressão era pouca", disse Pham. Segundo ela, Geovani teve o braço quebrado por questionar as lesões e o uso de duas algemas. Pham afirmou que quebraram o úmero de Geovani e que ele perdeu o movimento dos dedos.

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