A Polícia Civil de Niterói, na região metropolitana do Rio, investiga se houve motivação política no assassinato do vereador eleito Lúcio Diniz Martelo, de 44 anos, na quinta-feira (25). Conhecido como Lúcio do Nevada, em referência a um time de futebol amador, Martelo foi morto com pelo menos cinco tiros à queima roupa na porta da casa dos pais. A polícia trabalha com a hipótese de execução, mas não descarta outras possibilidades.
Segundo as investigações, Lúcio do Nevada estava no carro com um assessor, em frente à casa dos pais, quando foi abordado por dois homens, por volta das 21h30. Eles atiraram ao menos quinze vezes em direção ao vereador, que ainda tentou fugir correndo, mas foi atingido por mais disparos. O assessor, que não foi atingido, assumiu a direção do carro e encaminhou Lúcio até o hospital, mas ele não resistiu. O corpo do vereador foi enterrado no fim da tarde desta sexta-feira no cemitério de Parque da Colina, em Niterói. Empresário do setor naval, ele deixou dois filhos menores de idade.
Os bandidos abandonaram o carro utilizado no crime a poucos metros do local. Os dois veículos passaram por perícia na manhã desta sexta. O carro de luxo utilizado pelo vereador no momento do crime não consta em sua declaração de bens junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio em sua ficha de candidatura.
Eleito pelo Partido Republicano Progressista (PRP), ele foi o sexto vereador mais votado em Niterói. Em seu lugar, assumirá o segundo candidato mais votado do partido, Carlos Macedo, que é presidente municipal da sigla. O partido apoia o candidato a prefeito Felipe Peixoto, do PDT, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno em Niterói.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Cesar Guimarães, informou que as investigações correm em sigilo. "Não descartamos nenhuma hipótese", afirmou.
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