PPS reabre discussão sobre candidatura própria à Presidência

Ranier Bragon - Folhapress
08/10/2013 às 17:14.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:10

BRASÍLIA - Reunida em Brasília na manhã e tarde desta terça-feira (8), a Executiva Nacional do PPS não definiu apoio a nenhum dos candidatos de oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE), e reabriu a discussão sobre candidatura própria à Presidência da República em 2014.    A tese, defendida entre outros pelo líder da bancada do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR), será levada à consulta aos diretórios regionais da sigla. Entre os nomes defendidos na reunião está o da ex-vereadora paulistana Soninha e o do presidente do partido, Roberto Freire.    Na oposição ao governo Dilma Rousseff, o PPS tentou atrair para ser o candidato a presidente da sigla o ex-governador de São Paulo José Serra, que preferiu ficar no PSDB, e a ex-senadora Marina Silva, que após flertar com a legenda acabou aderindo ao projeto eleitoral de Eduardo Campos.    "Vários se pronunciaram dessa forma [defendendo candidatura própria], e temos vários nomes, como o do Roberto e o da Soninha, que é mulher e é de São Paulo, Estado que não terá candidato, é preparada e oferece uma convergência com tudo o que está saindo das ruas, já que é um nome descolado de tudo o que está aí na política", afirmou Bueno.    "Até outro dia eu só dava risada [com a possibilidade de se candidatar à Presidência], até começar a me imaginar indo aos debates", diz Soninha, que disputou a Prefeitura de São Paulo em 2008 e 2012.    "O nosso temor é o de que os candidatos que não são do governo não façam as críticas que devem ser feitas ao governo. Desde que saiu do PT [em 2009], não vejo a Marina Silva sendo uma pessoa que confronta o governo do PT como o PPS faz. Nem o PSDB faz a oposição que o PPS faz", diz Soninha.    A consulta às bases do partido será elaborada pelo ex-ministro Raul Jungmann, também presente à reunião. No encontro, ficou definido que o partido vai esperar o quadro sucessório se estabilizar para tomar uma decisão. Além da candidatura própria, o partido tem duas opções: o apoio a Campos ou a Aécio.    Freire foi cauteloso em relação à defesa da candidatura própria. Para ele, o objetivo principal do partido em 2014 pode ser o de formar uma bancada de deputados federais mais robusta. Até agora, Soninha é candidata a deputada federal.

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